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Polí­cia

Foto: Imagem Ilustrativa/Divulgação EBC

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A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da 6ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e Vulneráveis - 6ª DEAMV de Paraíso do Tocantins, concluiu nesta segunda-feira, 24, a apuração de um conflito ocorrido em uma escola pública localizada naquela cidade. Na ocasião, uma aluna efetuou um golpe com arma branca contra uma colega.

Após a finalização do procedimento investigativo que em 10 dias ouviu 15 pessoas (entre familiares das envolvidas, funcionários da unidade de ensino e alunos) houve a remessa ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. De acordo com o que foi verificado, a motivação da agressão está relacionada à prática do bullying.

Conforme lembra o delegado responsável pelo caso, José Lucas Melo, o conceito de bullying está atrelado a um conjunto de condutas que visa segregar/diminuir/humilhar/perseguir uma ou várias pessoas fazendo com que se sintam rejeitadas por um grupo. “No âmbito de uma escola, a comunidade acadêmica representa um micro-organismo da sociedade, no qual também, infelizmente, algumas pessoas tentam se sobrepor a outras por seu poder financeiro, pela forma com que se vestem, etc. A partir do momento em que encontram pessoas que não se "enquadram" no padrão criado, separam, reprovam, provocam e desrespeitam”, complementa o delegado José Lucas.

No caso em tela, três adolescentes que mudaram o turno de estudo na unidade de ensino passaram a sofrer com este tipo de conduta. Uma delas, contrariada com a situação, armou-se com uma faca de sua residência e fez uso dessa faca tão logo foi alvo de nova “brincadeira".

Na data do fato, as adolescentes envolvidas foram conduzidas por equipes das polícias civil e militar até a Central de Atendimento da Polícia Civil, em Paraíso.

O delegado destaca que o desfecho violento da situação se deu principalmente pelo fato do bullying não ter sido comunicado por nenhum dos envolvidos à direção da escola ou a algum professor. “Embora fosse de conhecimento de diversos alunos o que estava acontecendo, ninguém teve a iniciativa de informar o fato a quem de direito, para que as medidas pertinentes fossem adotadas”, relata o delegado.

O delegado José Lucas alerta para que os pais e responsáveis por crianças e adolescentes busquem sempre estar em contato com a unidade de ensino e, principalmente, com os menores, a fim de buscar estar a par de tudo o que acontece.

O caso agora segue para análise do Ministério Público. Órgãos como o Conselho Tutelar e o Centro de Referência em Assistência Social (CREAS) foram informados para acompanhar o caso. Ainda de acordo com a autoridade policial, a menor que desferiu a facada vai responder por ato infracional análogo ao delito de lesão corporal e as que praticavam o bullying por ato análogo a crime contra a honra. (SSP/TO)