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Cultura

Foto: Divulgação

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O poeta e jornalista tocantinense, Gilson Cavalcante, lança nesse sábado, 28, sua 11° obra poética, no Distrito Taquaruçu. Não é de hoje que ele vem trabalhando seu discurso poético num viés lírico, existencial e, de certa forma, metafísico. E nessa Descompássaro (Sinfonia Solitária Sobre os Abismos) não é diferente. O poeta é o próprio pássaro se jogando dos penhascos que a vida colocou em seu caminho como um desafio a ser encarado e superado. 

Gilson faz desse voo um compasso de seu ritmo de estar no mundo carregado de nuvens, para fazer de sua poesia uma tempestade, recorrendo, com frequência à metalinguagem, ora afirmando, ora negando e, por vezes, questionando o próprio leitor.

O poeta brinca com as palavras, cria neologismos, aliterações e não deixa de trabalhar em seus versos a linguagem da força dos contrários. E nesse voo, ele se investiga e tenta se conhecer entrando na seara lúdica e antropofágica. “Azar de quem não sabe voar”, arrisca o poeta das alturas, das vertigens e dos subterrâneos do homem-húmus.

O jornalista e escritor Luiz Armando Costa afirma que, nas quatro dezenas de poemas e na outra dezena de obras publicadas, Gilson Cavalcante vigia (como bem o nota aquele que o lê) "literária e gramaticalmente a substantivação e adjetivação de sua matéria-prima preterindo-as à observação poética substantiva e concreta".