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Campo

Três cultivares transgênicas de soja com alto potencial produtivo e vantagens para os sistemas de produção da região do Cerrado serão apresentadas pela Embrapa Cerrados (DF) no Dia de Campo da Competição de Cultivares de Soja de 2023 da AgroBrasília no dia 17 de fevereiro, a partir das 8h, na Fazenda Triacca, localizada no PAD-DF, Distrito Federal. A entrada é gratuita.

Segundo os organizadores, a competição de cultivares é uma das atividades de referência da AgroBrasília, possibilitando que os agricultores avaliem o potencial produtivo das cultivares e observem a qualidade de desenvolvimento da raiz e a variedade genética das sementes. Neste ano, participam 20 empresas com 68 cultivares inscritas. Os materiais foram plantados no mesmo período de 9 a 14 de novembro de 2022 em uma área de 15 hectares. Os resultados serão divulgados durante a feira, que será realizada de 23 a 27 de maio. 

O pesquisador André Ferreira, coordenador do programa de melhoramento genético de soja da Embrapa para o Centro-Norte do Brasil, destaca que o evento é uma oportunidade de apresentar aos produtores novas variedades da empresa de pesquisa, mostrando materiais altamente produtivos e adaptados ao cenário de produção atual do País e a diversas condições regionais. “O produtor que pretende ou não fazer safrinha conta com cultivares de alta defensividade natural e que vão se adequar muito bem às janelas de plantio necessárias, com ciclos adequados, entregando alto potencial produtivo”, comenta.

Das três cultivares que serão apresentadas pela Embrapa Cerrados, duas foram lançadas no final de 2021 e outra deve ser lançada ainda neste ano. As variedades foram desenvolvidas em parceria com a Fundação Cerrados e a Fundação Bahia.

A BRS 7080IPRO é uma cultivar de ciclo superprecoce (95 a 100 dias) e com tolerância ao nematoide de galhas Meloydogine javanica. Está indicada para o Distrito Federal, Sudoeste de Goiás, Oeste da Bahia e Mato Grosso. “Além do potencial produtivo, é um material que vai auxiliar o produtor em áreas com M. javanica. E por ter um ciclo bem precoce, possibilita o planejamento da segunda safra com o milho ou outra cultura, dependendo da região, como o algodão no caso do Mato Grosso”, explica Ferreira.

A cultivar BRS 7482RR apresenta ciclo entre 105 e 110 dias conforme a região, é resistente ao herbicida glifosato e também permite a segunda safra. “No Oeste da Bahia, plantamos o material em áreas de pivô, o que viabilizou o cultivo de algodão em segunda safra pós-irrigação”, lembra o pesquisador. 

Já a BRS 7981IPRO deve ser lançada em 2023. A cultivar tem ciclo de 115 a 120 dias, dependendo da região, e é indicada para o Oeste baiano e o Mato Grosso. “É um material com arquitetura de plantas que facilita o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas nas áreas”, observa Ferreira.

Além da Embrapa, participam da competição de cultivares as empresas Araguaia, Basf (Credenz), Basf S/A (Soytech Sementes), Bayer, Cordius, Corteva, Dimiagro, Dois Marcos Sementes, Equilíbrio, FTS Sementes S/A, GMS, Golden Harvest, Inquima, Koopert, Nidera Sementes, Nutrien, Polli Fertilizantes, Syngenta, e Triunfo Sementes.