Após a repercussão negativa das falas do procurador de justiça Marcos Antônio Alves Bezerra, que demonstrou predileção por servidores comissionados aos de carreira porque, segundo ele, “comissionado não adoece”, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) emitiu nota onde defende os servidores, mas não contrapôs as declarações do membro ministerial.
Em um vídeo divulgado no início desta semana, Bezerra declarou: “Eu gosto muito do comissionado exatamente porque o comissionado não adoece. [...] Eu mostro para você que o comissionado não adoece como o efetivo. Eu cheguei até à conclusão que a estabilidade é insalubre”. A gravação é de uma das sessões do Colégio de Procuradores de Justiça.
Na nota divulgada à impresa, o MPTO expressou “sua clara posição institucional de reconhecimento da atuação dos servidores públicos como um fator indispensável para a garantia dos direitos e do bem-estar dos tocantinenses”.
Sem mencionar sequer o episódio, o órgão informou que “possui um quadro interno de servidores extremamente dedicados e cientes da relevância do seu trabalho” e que “a administração tem promovido o diálogo contínuo com os servidores e executado todas as medidas que estão ao seu alcance, em favor da qualificação, da valorização e do aperfeiçoamento das condições internas de trabalho, tendo a certeza de que este esforço da gestão se reverte em benefícios diretos para a sociedade.
Após a divulgação do vídeo, o Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe) rechaçou a fala de Bezerra e afirmou que ele, como servidor público, agiu “com profunda falta de respeito, desconhecimento e pouca consideração [aos servidores]”.
O procurador não se manifestou sobre o caso.