Dois acusados pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) de participar de um sequestro seguido de morte, ocorrido em setembro de 2004, em Palmas, tendo como vítima Deusiomar Rodrigues de Oliveira, são condenados em sessão do Tribunal do Júri que aconteceu nesta última terça-feira, 4.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença, composto por sete jurados, cidadãos que representam a sociedade, respondeu a 20 quesitos, perguntas que o juiz que preside o júri faz acerca do fato criminoso e demais circunstâncias essenciais ao julgamento.
Os jurados acataram todas as teses de motivo torpe pelo pagamento do crime, utilização de meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ocultação de cadáver, sustentadas pelo promotor de Justiça, Breno Simonassi, membro do Núcleo do Tribunal do Júri (MPNujuri) do MPTO.
Dessa forma, o réu Laércio S. B. F. foi condenado a 25 anos e 11 meses de prisão e 30 dias-multa, já Nivaldo F. D. pegou 23 anos de prisão e 10 dias-multa.
Conforme denúncia do MPTO, os crimes tiveram como mandante Valdivan G. de A., motivado pela desconfiança de que sua ex-esposa estava tendo um relacionamento amoroso com a vítima e de que teriam praticado, juntos, um furto que lhe causou um prejuízo considerável.
Acometido pelo sentimento de vingança, Valdivan contratou Laércio para sequestrar e matar a vítima pelo valor de R$ 1.500,00, e também Nivaldo, para auxiliar na execução dos crimes.
A denúncia do MPTO relata que Deusiomar Rodrigues foi rendido e imobilizado com cordas em uma chácara onde trabalhava, na área rural entre Palmas e Paraíso do Tocantins. Ele foi trazido no porta-malas de um carro até a Serra do Lajeado, em Palmas, onde foi espancado de forma cruel e executado com tiros de revólver.