As Unidades de Conservação (UCs) geridas pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) iniciaram o período de queimas prescritas, uma das estratégias utilizadas dentro da gestão de prevenção aos incêndios florestais do Manejo Integrado do Fogo (MIF).
Equipes do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) e da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão realizaram queimas prescritas na região do Brejão, no entorno de Mateiros. “Foi uma área de cerrado aberto, uma área comunitária na APA do Jalapão. O manejo foi para proteção de áreas sensíveis, benfeitorias e rebrota do capim nativo para montaria e para o gado”, explica a supervisora Rejane Nunes.
Para a temporada 2023, a Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas (DBAP) espera realizar queimas prescritas nas nove UCs. “Tradicionalmente, o Naturatins, por meio das suas Unidades de Conservação, inicia esse diálogo e planejamento com as comunidades no mês de abril, e já no próprio mês de abril começamos a fazer algumas prescritas, queimas preventivas para aceiros e algumas atividades das comunidades. Essas queimas começam no Jalapão, que é o Cerrado que apresenta mais cedo condições propícias para este tipo de queima de forma segura, e, posteriormente, vamos passando essas atividades para as demais unidades que possuem condições climáticas diferenciadas. Temos uma janela do mês de abril até final do mês de junho para realizar essas queimas prescritas, em parceria com as comunidades que estão dentro das UCs ou no entorno", detalhou o diretor responsável, Warley Rodrigues.
Nesta temporada também será ampliado o uso de helicóptero para auxiliar as atividades em regiões mais remotas e de difícil acesso.
As queimas prescritas consistem na utilização do fogo de maneira ordenada, com planejamento, sob condições climáticas favoráveis, seguindo parâmetros específicos para a umidade relativa do ar, temperatura e condições do vento. Com as comunidades locais, as equipes do Naturatins têm consolidado o calendário de queimas prescritas nas últimas semanas. As reuniões participativas fazem parte da estratégia do Manejo Integrado do Fogo de Base Comunitária (MIFBC) que, entre outros aspectos, prioriza os saberes e a cultura que cada localidade possui com o uso do fogo para agricultura, pecuária e extrativismo das comunidades tradicionais.