No Brasil, os danos causados pela violência são um dos grandes problemas da Saúde Pública. Frente a isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) desenvolveu o projeto intitulado ‘Lírios do Cerrado’, que tem o objetivo de qualificar trabalhadores para a atenção integral às pessoas em situação de violência a partir das dimensões do cuidado, que compreende o acolhimento, o atendimento, a notificação no âmbito da Rede de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) tocantinense.
O projeto com duração prevista de três anos passou pela fase de elaboração e encontra-se atualmente na fase de validação e submissão ao Comitê de Regulação de Processos Educacionais em Saúde (CREPES), será coordenado pela Escola Tocantinense do Sistema Único de Saúde Dr. Gismar Gomes (Etsus), mas com uma dinâmica de gestão conduzida coletivamente por uma coordenação colegiada formada por atores estratégicos de áreas diferentes da saúde e parceiros como Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Secretaria de Povos Originários, Secretaria da Mulher, dentre outros.
“O Projeto ‘Lírios do Cerrado’, contempla esforços e atividades para o fortalecimento da atenção à pessoa em situação de violência no SUS. Esperamos contribuir com serviços mais qualificados, humanizados e resolutivos, que trabalhem na lógica de rede", destaca a técnica e coordenadora do Projeto Liana Barcelar.
O gerente de Educação Permanente em Saúde, Paulo Henrique Teixeira, salienta que a ETSUS-TO tem a missão de formar trabalhadores do SUS, e, nesse caso, de contribuir com a qualificação dos profissionais que atendem essas pessoas que já estão tão vulneráveis dada a situação e o contexto. "Com a qualificação dos profissionais esperamos que haja repercussão na qualidade do atendimento a essas pessoas e em todo cuidado, desde o acolhimento, atendimento, notificação e seguimento dentro da rede de atenção”, diz.
Para a diretora da ETSUS-TO, Fabíola Sandini, a relevância do projeto ‘Lírios do Cerrado’ cumpre com suas atribuições de ofertar processos educacionais condizentes com as necessidades de saúde da população. "As realidades territoriais das regiões de saúde, as demandas dos Trabalhadores e Gestores do SUS e com as políticas públicas vigentes”, enfatiza.
Fabiola acrescenta ainda que espera-se que esta formação produza impactos positivos no processo de fortalecimento da atenção integral à pessoa em situação de violência no âmbito da Rede de Atenção à Saúde do SUS Tocantins. "Reverberando em serviços e equipes de saúde nos territórios, bem como na atenção qualificada e oportuna aos usuários do SUS”, completa a gestora.