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Polí­cia

Foto: SSP/TO

Foto: SSP/TO

A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da 25ª Delegacia de Polícia de Santa Fé do Araguaia, concluiu nessa terça-feira, 9, o inquérito policial que investigava o homicídio praticado por um homem de 26 anos contra a sua companheira de 44 anos. A vítima era indígena da etnia Karajá e o crime ocorreu no dia 30 de novembro de 2022, em Santa Fé do Araguaia.

Conforme o apurado, na data dos fatos, por volta das 4h20 da madrugada, o casal teve uma discussão, contexto em que o indiciado tomou posse de um facão e desferiu vários golpes contra a vítima que veio a óbito no local. Uma vizinha ouviu a discussão do casal e saiu para ver o que havia acontecido. Logo se deparou com o corpo da vítima no chão, cheio de sangue e, ao lado, cravado no chão, o facão ensanguentado utilizado pelo indiciado na prática do crime.

A Polícia Militar foi acionada, e após diligenciar na cidade obteve êxito em localizar o autor que confessou a prática do crime, sendo encaminhado a Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína, onde foi autuado pelo crime de feminicídio. Ocorre que cerca de dois meses depois o Poder Judiciário entendeu por libertar o indiciado, que no momento atual responde em liberdade.

O delegado de Polícia titular da 25ª DP de Santa Fé, Luís Gonzaga da Silva Neto, ressaltou o grau de crueldade demonstrado pelo autor. “A investigação constatou a presença de requintes de crueldade por parte do indiciado na prática do crime, haja vista, a brutalidade e o sofrimento empreendido à vítima que teve os membros superiores, especialmente as mãos, retalhadas com o facão utilizado, tratando-se de lesões de defesa”.

A vítima foi brutalmente golpeada com facão em regiões vitais por várias vezes, produzindo mutilações nos braços, mãos e rosto. A vítima buscou se defender dos golpes com uso de mãos e braços, inclusive quando estava já caída no chão.

Tendo em vista todo o contexto fático apresentado, o autor foi indiciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado, pelo emprego de meio cruel, por ter dificultado a possibilidade de defesa da vítima e também por tratar-se de feminicídio. Este último por ser a vítima companheira do indiciado e o crime ser perpetrado no contexto de violência doméstica contra a mulher. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público para fins de oferecimento da denúncia em sede judicial. (SSP/TO)