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Mundo Pet

Foto: Pixabay

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Com a chegada das férias de julho, os donos de cães e gatos se preocupam sobre o que fazer com seus pets. Independentemente do cão, gato ou qualquer ouro pet viajar ou não com a família, é fundamental um planejamento adequado para garantir o seu bem-estar e evitar surpresas desagradáveis que possam prejudicar a viagem.

Para deixar os tutores menos preocupados, na coluna dessa semana o Conexão Tocantins conversou com o Bruno Alvarenga, professor de Medicina Veterinária do CEUB – Centro Universitário de Brasília para ter dicas importantes para uma viagem segura para os cães e gatos.

Durante a conversa o professor destacou pontos essenciais para preservar a saúde dos pets, descrevendo o passo a passo para viagens de carro pelas estradas do Brasil, de avião, incluindo as normas para viagens internacionais, que tem diferenças para voos nacionais.

A primeira recomendação é que os tutores decidam se os animais viajarão junto ou ficarão na cidade. Para aqueles que ficam, existem opções como hospedagem em pet hotéis ou estabelecimentos veterinários, que geralmente exigem vacinas, vermifugação e controle de ectoparasitas atualizados. Outra possibilidade é deixá-los na casa de conhecidos ou sob os cuidados de parentes, amigos ou pet sitters.

"Caso os pets permaneçam na cidade, a opção mais adequada, em geral, é que fiquem em casa, especialmente para animais que não requerem cuidados especiais e podem ficar sem supervisão contínua. Esse ambiente familiar, com o cheiro dos donos e suas marcações, oferece maior conforto", recomenda Alvarenga.

O veterinário ressalta que todos os animais exigem cuidados diários e monitoramento, mesmo quando estão em casa. Não é suficiente disponibilizar água e comida com quantidades que inferem ser suficiente para os dias em que estarão ausentes. Além do acúmulo de excretas, não há como garantir que os itens deixados permanecerão viáveis durante todo o período.

Outro aspecto a se considerar é o temperamento e as características individuais do pet. Animais agitados devem ser acomodados em hotéis com atividades, brincadeiras e exercícios diários. Já aqueles com doenças crônicas ou que necessitam de cuidados especiais podem se beneficiar ao ficar em clínicas ou hospitais veterinários.

Para famílias que viajam de carro, além da documentação sanitária, deve-se utilizar cintos de segurança adequados ou caixas de transporte, a fim de prevenir acidentes. É recomendado fazer paradas periódicas para oferecer água aos animais e permitir que eles façam necessidades fisiológicas.

O tutor que decidir viajar de avião, deve pesquisar as normas de transporte de animais da companhia aérea antes de adquirir as passagens, pois cada empresa possui regulamentos específicos.

Todas as empresas exigem a carteira de vacinação com a vacina antirrábica válida, uma caixa de transporte que permita que o animal gire 360º e atestado de saúde emitido por um médico veterinário até 10 dias antes da viagem.

No caso de viagens internacionais, os tutores devem buscar informações sobre as normas sanitárias de entrada de animais no país de destino, as quais geralmente estão disponíveis nos sites das entidades responsáveis.

Como os destinos mais comuns entre os brasileiros, temos países da União Europeia e os EUA – Estados Unidos da América, que possuem normas diferentes, resumidas no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no portal GOV. Confira as dicas:

• É necessário, primeiramente, inserir um microchip de identificação nos cães e gatos, vaciná-los contra a raiva e aguardar 30 dias para realizar um exame que permita obter o Certificado de Sorologia de Raiva - que pode levar até um mês para ser emitido.

• Posteriormente, os tutores devem levar seus animais ao veterinário, no máximo, 5 dias antes da data do embarque para obter atestado de saúde veterinária nacional e acessar o portal GOV para emitir o Certificado Veterinário Internacional, válido por 3 dias.

• Para os animais que serão levados para países da União Europeia, é exigido o uso de vermífugos e medicação para controle de pulgas e carrapatos. Já para aqueles com destino aos EUA, é necessário fazer uma reserva prévia em um dos quatro Centros de Cuidados Animais Aprovados pelo CDC, onde será realizada a quarentena e exames por um médico veterinário do país, para que o pet receba uma nova vacina antirrábica.

• Além das exigências de saúde e burocráticas, independentemente do destino, deve-se consultar previamente se o local de hospedagem aceita animais, manter uma placa de identificação com telefone na coleira do animal, para facilitar sua localização em caso de fuga, e pesquisar unidades veterinárias próximas ao local de hospedagem, se necessário.