Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: Marcos Sandes

Foto: Marcos Sandes

Em qualquer período do ano, se deparar com algum tipo de animal peçonhento tem sido cada vez mais comum, porque os bichos sempre procuram por um abrigo seguro, longe dos predadores. E é durante a estiagem do verão tocantinense que diversas espécies, como escorpiões, aranhas e cobras se escondem em entulhos, terrenos baldios, pilhas de madeiras, telhas, entre outros locais, para fugir principalmente do calor. Quando as queimadas chegam, há também situações em que os animais fogem do fogo para dentro das residências.

Em Araguaína, no ano passado, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), por meio da Vigilância em Saúde, registrou 303 casos de acidentes envolvendo animais peçonhentos. A espécie encontrada com mais frequência na cidade em 2022 foram os escorpiões, com 147 casos. Os demais números envolveram acidentes com as aranhas, abelhas, lagartas e cobras.

Orientação

Com o objetivo de orientar a população sobre os riscos e trazer informações de como barrar a visita indesejada desses animais, o CCZ chama atenção para alguns cuidados simples que podem evitar acidentes.

“Orientamos a população a manter jardins e quintais limpos, evitar acúmulo de entulhos, lixo doméstico, sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, vedar soleiras de portas e janelas, usar telas em ralos de chão, pias e tanques e combater a proliferação de insetos, alimento principal dos escorpiões”, orienta a médica veterinária, Luciana Coelho Gomes.

Atendimento

No caso de picadas ou contato com animais peçonhentos, a Secretaria de Saúde de Araguaína orienta procurar a unidade de saúde mais próxima de casa. Pacientes picados por esses animais recebem o atendimento necessário nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) e na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas também podem ser encaminhados para o HDT (Hospital de Doenças Tropicais).

O Centro de Controle de Zoonoses de Araguaína, por meio do Programa de Acidentes por Animais Peçonhentos, atua acompanhando a evolução dos pacientes que sofrem algum tipo de acidente. “Embora a maioria dos acidentes ocorridos sejam leves e moderados, destacamos que o diagnóstico precoce e o tempo ocorrido entre a picada e o atendimento hospitalar influenciam bastante na evolução positiva do paciente”, ressalta Luciana.

Remoção segura

Caso o morador encontre algum animal peçonhento de pequeno porte dentro da residência, como escorpiões e aranhas, por exemplo, a eliminação deve ser feita com segurança. Para casos de animais de grande porte, como as cobras, o cidadão pode acionar o Corpo de Bombeiros, no 193, ou a Polícia Ambiental pelo 190 para remoção.