A Secretaria da Saúde de Araguaína divulgou um balanço parcial da vacina tríplice viral que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. De acordo com os dados, de janeiro a maio deste ano, apenas 45,98% das crianças com até um ano de vida que precisam ser imunizadas foram levadas a uma UBS (Unidade Básica de Saúde) para receber a vacina. O índice ainda está distante da meta de cobertura de 95% do público-alvo estabelecida pelo Ministério da Saúde.
O objetivo da campanha é imunizar 3.047 crianças, mas a secretaria tem registrado uma constante queda na procura pela vacina. Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, Araguaína não conseguiu alcançar mais de 77% de imunização do público-alvo. Em 2021, a queda foi para 76,49% e, em 2022, o índice reduziu para 69,83%.
“Nossa preocupação é que a constante baixa no número de pessoas imunizadas possa ocasionar no retorno de casos de sarampo em Araguaína, uma doença que já foi erradicada. A meta de 95% precisa ser alcançada até o fim do ano, mas o ritmo de procura pela vacina atualmente é considerado baixo”, explica a diretora de Imunização de Araguaína, Samilla Braga.
Samila reforça que a baixa procura pela vacina tríplice viral também aumenta os riscos de novos casos de rubéola e caxumba, contudo, a atenção é maior para o sarampo por causa do alto potencial de transmissão.
UBS abastecidas
Para garantir a imunização contra o sarampo em Araguaína são disponibilizadas, anualmente, uma média de 8.500 doses para crianças com idade para vacinar e adultos que precisam fazer a atualização da carteirinha de vacinação.
As UBS também estão abastecidas com outros imunizantes: BCG, Hepatite B, Meningocócica C, Febre Amarela, Influenza, Covid- 19, Pneumocócica 10, Pentavalente, Rotavírus, Varicela, Hepatite A, Poliomielite oral, Antitetânica, HPV e Meningite.
Onde vacinar?
As vacinas estão disponíveis nas 18 UBS (Unidade Básica de Saúde) em atividade na cidade, de segunda à sexta-feira. A UBS Araguaína Sul, UBS José Rezende (Alto Bonito) e UBS do Bairro de Fátima funcionam das 7 às 19 horas. Já as demais UBS atendem das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30.
Riscos
O Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde certificado de erradicação do sarampo em 2016, mas a doença voltou a aparecer nos registros oficiais em 2019. Em 2022, o estado de São Paulo chegou a registrar 25 casos suspeitos da doença e o país já tem 40 mil casos e 40 mortes em decorrência sarampo. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022 a cobertura de vacinação contra o sarampo foi de apenas 47,08%. Em 2021, o índice foi de 71,49%.
O que é a doença?
Sarampo é uma doença infecciosa grave causada por um vírus e que pode levar à morte. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. Os principais sinais e sintomas do sarampo são manchas vermelhas no corpo e febre alta, seguidos de tosse seca, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. A taxa da transmissão da doença, inclusive, é maior que a da covid-19.
“O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes e a maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação. Por isso, reforçamos a importância desse cuidado para garantir a segurança da população”, reforça Samilla.