Marcada por fortes declarações, o vereador Rogério Freitas trouxe à tona, na sessão desta terça-feira, 15, uma série de denúncias e críticas à gestão da prefeita Cinthia Ribeiro, especialmente em relação à Secretaria Municipal de Educação e ao sistema de transporte público de Palmas.
O vereador iniciou seu discurso mencionando as recentes operações da Polícia Federal que, segundo ele, revelaram práticas questionáveis na gestão da prefeita Cinthia Ribeiro. Rogério Freitas expressou sua profunda preocupação com as descobertas, especialmente em relação às grandes quantias de dinheiro e joias apreendidas. Ele levantou suspeitas de que os valores reais ultrapassem os R$ 10 milhões, considerando os ouros e pedras preciosas encontrados.
"Nós nos deparamos com montanhas de dinheiro, com montanhas de joias. E eu sei, senhor presidente, que isso não é um fato isolado. Eu tenho certeza que isso é a coleta mensal", disse, na oportunidade.
Transporte Público
Rogério Freitas dedicou uma parte significativa de seu discurso ao transporte público de Palmas. Ele criticou veementemente a decisão da prefeitura de assumir o controle do transporte coletivo sem, segundo ele, o devido planejamento, o que, para Freitas, resultou em inúmeros problemas para os cidadãos palmenses. O vereador questionou, em particular, a transparência na arrecadação das tarifas durante o período em que a bilhetagem eletrônica esteve inativa e a venda pela internet não funcionou.
"A Prefeitura de Palmas no dia primeiro de Janeiro de 2023, assumiu o transporte coletivo urbano e nós vimos uma enxurrada de denúncias, uma enxurrada de problemas que foram causados por assumir esse transporte de forma precipitada, sem planejamento."
Contratação Tardia
Aprofundando-se nas questões do transporte público, o vereador destacou o que considera contratação tardia de uma empresa de transporte de valores pela ATCP, mais de dois meses após a prefeitura assumir o controle do transporte coletivo. Ele questionou o atraso na contratação e expressou sua estranheza sobre quem estava responsável pelo transporte do dinheiro arrecadado com as tarifas durante esse período. Com a bilhetagem eletrônica e a venda pela internet inativas, o pagamento era feito em dinheiro.
"Após mais de dois meses da prefeitura de Palmas assumir o controle do transporte público coletivo, houve a contratação de uma empresa especializada em transporte de valores. No entanto, essa empresa levou mais quatro meses para iniciar seus serviços à ATCP. Isso levanta questões preocupantes: Durante esse intervalo, quem era responsável pelo transporte das consideráveis quantias arrecadadas com as tarifas? E, ainda mais inquietante: qual foi o destino final desse dinheiro?", argumentou.
Requerimentos e Ações Judiciais
Freitas não se limitou apenas a críticas verbais. Ele mencionou um requerimento de sua autoria, aprovado pela Câmara Municipal, no qual solicitava acesso ao sistema de bilhetagem eletrônica do transporte coletivo. A falta de resposta da prefeitura a esse requerimento levou o vereador a buscar intervenção judicial para garantir o acesso às informações.
"Porque é que eu fiz isso? Porque o requerimento é um ato da Mesa Diretora, mas a Mesa Diretora não se omitiu. A Mesa Diretora encaminhou o Executivo, mas o Rogério Freitas fez também como pessoa jurídica, como vereador", disse.
Ao concluir seu discurso, o vereador reforçou seu compromisso com a transparência e a fiscalização da gestão pública. Ele expressou esperança de que as investigações da Polícia Federal se estendam a outras áreas da prefeitura, como a Secretaria da Saúde, especialmente considerando o contexto da pandemia.
Rogério Freitas finalizou sua fala com um apelo pela integridade e pelo bem-estar da cidade de Palmas, reiterando sua dedicação em garantir que os recursos e ações do governo sejam utilizados de forma correta e em benefício da população. "E é contra este segredo que este vereador se rebela e diz que nós não podemos assistir a prefeitura de Palmas ser depenada. Em todas as áreas de forma tão passiva".
