Indicado para o tratamento de crianças com deficiência do hormônio do crescimento e mulheres que possuem a síndrome de turner (baixa estatura), a Somatropina é uma medicação gratuita, disponibilizada pelo Ministério da Saúde aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país. A introdução da medicação teve início no ano de 2020, após uma parceria realizada entre o Governo Federal e o laboratório nacional privado Bio-Manguinhos da Fiocruz.
No Tocantins, a distribuição do medicamento de alto custo é realizada pela Diretoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde (DAF/SES-TO. “O medicamento Somatropina 12 UI pertence ao grupo 1 da Assistência Farmacêutica e tem como responsabilidade de produção e distribuição a própria União. Para que nossos pacientes sejam atendidos, solicitamos a cada três meses novas remessas e o Ministério envia a medicação destinada aos pacientes cadastrados na rede durante aquele período”, explica a diretora de Assistência Farmacêutica da SES-TO, Kédma Maria Carneiro. Segundo ela, atualmente são 152 pacientes cadastrados para o recebimento deste remédio, no Tocantins.
Para atender os pacientes do Tocantins, o Ministério da Saúde enviou na última semana, mais de oito mil frascos da medicação. O processo de solicitação para a retirada deve ser feito pelo paciente ou pelo seu responsável nos Núcleos Regionais de Assistência Farmacêutica de Palmas, Araguaína, Porto Nacional e Gurupi, com a recomendação de um médico especialista em endocrinologia, receita e documentação pessoal. “Os pacientes que desejam solicitar a somatropina de 12 UI e 4 UI na rede pública é disponível para crianças com deficiência do hormônio do crescimento e mulheres que possuem a síndrome de turner. Cada família retira a quantidade necessária para o uso durante o mês e a cada nova retirada, é necessário uma receita para o controle”, acrescentou Kédma Carneiro.
Indicação
O uso do hormônio do crescimento é indicado para ajudar crianças e mulheres a adquirirem mais centímetros de altura, devendo ser usado apenas quando o paciente tiver uma deficiência na produção hormonal. “Em relação, às melhorias, o principal efeito que a medicação traz é em relação à melhoria da velocidade do ritmo de crescimento, dando a essa criança ou adolescentes uma oportunidade de ter uma estatura dentro das possibilidades de crescimento, melhorando em outras regiões também, como a hipoglicemia, que são os baixos níveis de açúcar no sangue”, comentou a médica endocrinologista pediátrica, Natalia Cinquini.
O tratamento é feito com a aplicação, todas as noites antes de dormir, de uma pequena dose do hormônio com uma agulha que se assemelha àquela usada no tratamento de diabetes. A medicação é indicada por três ou quatro anos, em média, podendo chegar a oito ou nove anos de tratamento, até o fechamento do crescimento. “Com os exames de comprovação da deficiência do hormônio de crescimento, a medicação atua melhorando os níveis e impulsionando o crescimento genético, tornando muito melhor a vida dos pacientes”, acrescentou Natalia Cinquini.