O número de inadimplentes de Palmas cresceu 10,51% em julho de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado. É o que apontam os dados do SPC Brasil, solicitados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Palmas.
No geral, são vários os fatores para o endividamento: altos juros, desemprego, redução da renda familiar, falta de educação financeira, entre outros.
Em julho de 2023, de acordo com a CDL Palmas, o número de dívidas em atraso de moradores de Palmas cresceu 17,28%, em relação a julho de 2022 - mais um dado acima da região Norte (10,09%) e acima da média nacional (14,22%). Na passagem de junho para julho deste ano, o número de dívidas de Palmas caiu ‐1,34%. Na região Norte, nessa mesma base de comparação, a variação foi de ‐2,43%.
O setor com participação mais expressiva do número de dívidas em julho na Capital foi o de bancos, com 43,74% do total de dívidas, seguido pelo comércio (26,47%) e de água e luz (14,52%).
Número de dívidas em atraso por setor credor
Segundo o presidente da CDL Palmas, Silvan Portilho, conseguir vencer as dívidas não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. “Para regularizar a situação financeira é interessante priorizar as dívidas mais urgentes e procurar os credores para seguir com a melhor forma de negociação. Seguir um plano de pagamento com base em sua capacidade financeira e cortar gastos desnecessários, é fundamental para se tornar um bom pagador novamente”, afirma Silvan.
Perfil dos endividados
A faixa etária do devedor palmense mais expressiva em julho/23 foi a de 30 a 39 anos (28,60%). A participação dos devedores por gênero segue bem distribuída, sendo 50,22% mulheres e 49,78% homens, como mostram os gráficos abaixo.
Inadimplentes por faixa etária e gênero
No último mês, o palmense negativado devia, em média, R$ 4.264,52 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que 30,55% dos consumidores de Palmas tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 45,12% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso dos devedores é igual a 28,6 meses, sendo que 34,94% dos devedores possuem tempo de inadimplência de 1 a 3 anos.
No mesmo período, o inadimplente da cidade tinha em média 2,1 dívidas em atraso. O número também ficou acima da média da região Norte (1,9 dívidas por pessoa) e acima da média nacional (2,06 dívidas para devedor).
Inadimplentes por valor total das dívidas e tempo de atraso