Foi realizada nessa quarta-feira, 25, em Palmas/TO, a Reunião Catrapovos, uma mesa de debate para promover a adoção de alimentos tradicionais no cardápio de escolas indígenas, quilombolas, ribeirinhas, entre outras. O evento foi realizado no Ministério Público Federal, em Palmas, e contou com a presença de representantes da Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática.
A mesa de debate é uma estratégia para identificar os entraves e promover soluções para as compras públicas dos alimentos produzidos nos territórios. A ideia é que as crianças possam contar com uma alimentação mais saudável, fresca e diversa, além de contribuir para a renda dessas comunidades.
A Coalizão está acompanhando a temática, que é um ponto estratégico para a justiça climática, afinal, a soberania alimentar nas comunidades tradicionais, além da geração de renda para sua subsistência, contribuem para que possam enfrentar as mudanças climáticas. Na sequência, a Catrapovos deve seguir na comunidade Mumbuca, com a execução de uma oficina sobre o tema.
Catrapovos
A Catrapovos é um espaço de diálogo criado pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF, em 2021, para promover a adoção da alimentação tradicional em escolas indígenas, quilombolas, ribeirinhas, entre outras.
A aquisição pelo governo incrementa ainda a renda de famílias e comunidades, além de contribuir para o cumprimento da Lei 11.947/09, que determina que pelo menos 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) sejam adquiridos de agricultores familiares.
Entre 2019 e 2020, cerca de 24 municípios do Amazonas, o que corresponde a mais de um terço do estado, realizaram a compra e entrega de produtos em comunidades indígenas, beneficiando pelo menos 350 produtores indígenas, 20 mil estudantes e as próprias aldeias. Pelo menos R$ 3 milhões foram destinados a essas compras.