Dando continuidade às ações da Operação Paz, a Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da 25ª Delegacia de Polícia de Santa Fé do Araguaia, concluiu nesta quinta-feira, 23, a investigação referente ao crime de tentativa de homicídio contra uma jovem de 20 anos. O irmão da vítima, de iniciais I.C.S., 21 anos, foi indiciado como autor do crime, ocorrido no último dia 10 de setembro de 2021, na cidade de Muricilândia.
Conforme explica o delegado Fernando Rizério Jaime, no decorrer das investigações restou apurado que, no dia do crime, por volta das 22h30, o suposto autor, I.C.S chegou na casa da vítima em visível estado de embriaguez portando uma faca e exigindo da vítima, sua irmã, que preparasse comida para ele.
Após discussão entre ambos e aproveitando-se da falta de vigilância da vítima, que estava sentada, ele a golpeou repetidas vezes na região das costas na altura da cervical e pescoço. Familiares que estavam na residência intervieram e impediram que o suposto autor a matasse, vindo ele a empreender fuga do local. A vítima foi socorrida e levada ao Hospital em Araguaína onde foi submetida a tratamento médico, devido à gravidade dos ferimentos.
“Ao ser atacada de surpresa, a vítima passou a gritar por socorro, quando o pai e irmã dele que estavam próximos, chegaram e agarraram o autor, momento em que cessou a conduta criminosa. No interrogatório, ele tentou se justificar dizendo que só queria passar um susto na irmã, quando ela teria mexido a cabeça onde ele golpearia, e ainda que foi um acidente e que pegou só de raspão. Versão que não condiz com a dinâmica do local, com os exames periciais e com a própria lógica do desenrolar dos eventos, por isso, foi indiciado pelo crime de tentativa de homicídio, cujo resultado só não sobreveio por circunstância alheia à sua vontade”, explicou o delegado Fernando Rizério, considerando a forte suspeita de utilização de substâncias entorpecentes pelo suposto autor.
Com base nas investigações, I.C.S. foi indiciado pela prática dos crimes de tentativa de homicídio doloso qualificado pelo motivo fútil e de feminicídio, em contexto de violência doméstica. Após ser concluído, o inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário, com vistas ao Ministério Público para a adoção das medidas que se fizerem necessárias. (SSP/TO)