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Saúde

Foto: Freepik

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Segundo pesquisas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2023, aproximadamente 9,3% da população brasileira foi diagnosticada com algum grau de ansiedade. Isso representa quase 18 milhões de pessoas que sofrem com o transtorno, esse cenário coloca o Brasil em primeiro lugar no pódio com a maior prevalência de ansiedade do mundo. A campanha “Janeiro Branco” foi criada com o propósito de alertar e conscientizar sobre a importância dos cuidados com a saúde mental ao mesmo tempo que divulga a relação fundamental entre saúde mental e física, especialmente do coração. 

Indo muito além de um “excesso de preocupação”, o chamado transtorno de ansiedade generalizada (TAG) pode instaurar um quadro de tensão geral no organismo, alterando profundamente funções essenciais, como a produção de hormônios, como por exemplo o cortisol, o hormônio do estresse. Esse desequilíbrio pode forçar a pessoa a permanecer em constante estado de alerta, provocando dores de cabeça, sudorese excessiva, insônia grave, irritabilidade, entre outros sintomas que elevam a pressão arterial e a frequência cardíaca, aumentando em até 30% as chances de doenças cardiovasculares, como o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

Segundo o cardiologista e cirurgião cardiovascular, doutor Henrique Furtado, além das consultas regulares e acompanhamento com profissionais, é importante que as pessoas criem um filtro interno. “Estudos nacionais e internacionais comprovam que os problemas mentais estão cada vez mais associados aos problemas do coração. Por isso é importante aprender a filtrar as informações que chegam até nós, pois ficar conectado demais, consumir notícias a todo instante ou ficar tempo demais nas redes sociais são hábitos que prejudicam a saúde mental e, por consequência, a saúde do coração”, explicou o médico. 

O Instituto do Coração (ICTCor) reforça a importância da saúde mental ao recomendar que seja uma das prioridades dos projetos, que estão sempre em alta no início de um novo ano. “Considero importante trabalhar com três pilares fundamentais ao lidar com a TAG: prevenção, percepção e tratamento, normalmente nessa ordem de prioridade. A prevenção em saúde mental envolve desde uma boa alimentação, uma rede de apoio firme, exercícios regulares, boas noites de sono e o acompanhamento com um psicoterapeuta”, reforça o doutor Henrique Furtado.