A Prefeitura de Palmas anunciou a contratação da banca para o concurso da educação com mais 2,2 mil vagas imediatas e mais 1,1 mil para cadastro reserva. O anúncio aconteceu na última sexta-feira, 26, no mesmo dia da paralisação da educação em protesto pela qualidade da educação pública. O concurso público será realizado pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), conforme publicação no Diário Oficial do Município.
“O anúncio do concurso da educação vem após uma longa luta pela garantia da sua realização através de cobranças, negociações e até mesmo notícias de fato e abaixo-assinado junto ao Ministério Público onde o Sintet provocou o órgão evidenciando a necessidade do concurso, uma conquista da nossa luta”, disse o presidente do Sintet Regional de Palmas, Fábio Lopes.
Paralisação x 25º Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública da CNTE
Os trabalhadores da educação básica das redes públicas de ensino estadual e municipais reuniram-se em um ato público na sexta-feira, 26 de abril, no Parque dos Povos Indígenas em Palmas, em protesto pela pauta de reivindicações da categoria. O ato integra o calendário de mobilizações da 25º Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública organizada pela Confederação Nacional da Educação (CNTE), entidade a qual o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) é afiliado.
Pauta de reivindicações
Durante a manifestação pública, tanto os líderes sindicais quanto os demais trabalhadores puderam expressar suas reivindicações. A pauta consiste no debate da reformulação do PCCR da rede estadual e a convocação de todos os aprovados do concurso da SEDUC; na necessidade urgente da realização do concurso público para a educação de Palmas e a eleição para diretor de escola na capital.
Filiação e fortalecimento da luta sindical
O presidente do Sintet Regional de Palmas Fábio Lopes ressaltou a importância da mobilização e participação da categoria nas paralisações para fortalecimento da luta sindical.
O dirigente sindical Antonio Chadud afirmou que a educação tem o maior orçamento, a maior categoria e a pior carreira em termos de valorização, e que essa realidade precisa ser mudada. Ele também ressaltou a necessidade de revogar a reforma da previdência.
A vice-presidente do Sintet Regional de Araguaína, Silvinia Pires participou do ato em Palmas, o que ela chamou de “aula de cidadania”, ela pontuou também sobre a organização da categoria. “O político teme o povo organizado e a categoria precisa ter consciência de organização - o Sintet fez uma grande luta pela realização do concurso da educação, e hoje persiste lutando pela convocação de todos os aprovados, é necessário reconhecer essa conquista e participar dessa luta”, disse Silvinia.
Luta pelo PNE
O diretor da CNTE e secretário-geral do Sintet, Carlos de Lima Furtado parabenizou a regional pela aula de cidadania sobre os direitos da categoria e pelo ato reforçando a luta da 25º semana da educação promovida pela CNTE em defesa do PNE. “Queremos que o PNE seja implementado e respeitado, e não fugiremos dessa luta”, disse Carlos.
Eleições municipais
Fábio Lopes falou do momento em que se aproxima as eleições municipais e a importância de ouvir os candidatos ao executivo municipal, bem como apresentar a pauta de reivindicações da categoria e firmar um compromisso com a pauta da educação. “Vamos conversar com todos os candidatos menos com o inimigo da educação”, pontuou Fábio Lopes ao se referir ao ex-prefeito que cortou os pontos dos professores durante uma greve em Palmas.
Redistribuição de vagas e convocação de aprovados do concurso da SEDUC
O presidente do Sintet, José Roque Santiago falou da cobrança ao governo estadual sobre novas convocações e redistribuição das vagas para os aprovados. O quadro precisa ter a maioria de efetivos, e essa não é a realidade que temos. “Não somos contra o pessoal contratado, mas contra o modelo precarizado de contratação”.
Reformulação do PCCR
O presidente falou ainda da luta pela reformulação do PCCR estadual, que está em discussão com o governo para que este executado até agosto, prazo discutido com a gestão. Ele ainda falou das lutas judiciais defendidas através de ações pela cobrança dos direitos. “Nossa defesa é pela garantia dos nossos direitos, seja nas vias administrativas, seja nas vias judiciais”.
Diretores do Sintet de várias regiões do estado participaram do ato em Palmas. A mobilização foi encerrada com um momento cultural e música ao vivo.