O apoio dado pelo governador Wanderlei Barbosa ao Rio Grande do Sul para auxiliar as vítimas da tragédia climática que atingiu o Estado gaúcho foi reconhecido pelo prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, pela atuação eficiente dos bombeiros militares tocantinenses no município.
São 11 bombeiros ligados à Companhia Independente de Busca e Salvamento (CIBS) que atuam nas cidades mais atingidas no Rio Grande do Sul, com auxílio de cães, e viaturas enviadas pelo Governo do Tocantins. Nesta quinta-feira, 16, haverá substituição das equipes.
Bento Gonçalves tem mais de 100 áreas colapsadas registradas pela Defesa Civil, e ainda há cerca de mil moradores da zona rural isolados devido às inundações causadas pelas fortes chuvas, e dez pessoas desaparecidas.
Os bombeiros tocantinenses com cães trabalham desde o dia 6 deste mês em busca de vítimas, e já localizaram dois corpos soterrados.
O prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, elogiou o empenho das equipes, que chegaram a somar cerca de 370 bombeiros de todo o país, e lembrou do apoio vindo do Tocantins. "Deixo aqui o meu profundo agradecimento ao governador Wanderlei Barbosa pela prontidão em nos socorrer, e também ao comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Ornelas, pelo envio das tropas que operam aqui, bem como nosso agradecimento às equipes sob o comando do tenente-coronel Donaldo, que muito fizeram por nós. Isso ficará em nossos corações e todos os cidadãos de Bento Gonçalves têm uma eterna gratidão ao Tocantins”, afirmou o prefeito.
Operação Rio Grande do Sul possibilitou trocas de experiências em meio à execução das atividades em Bento Gonçalves (Foto: Luiz Henrique Machado/Secom-TO)O tenente-coronel Donaldo Lourinho estava compondo o Comando de Crise em Bento Gonçalves, acompanhava as equipes da CIBS in loco, e ainda mantinha conexão com os quatro mergulhadores que operam buscas no município de Canoas. Na avaliação do tenente-coronel, as experiências vivenciadas no Rio Grande do Sul superam a participação deles em qualquer curso que possam ter tido, tamanho é o aprendizado, seja no salvamento embarcado, ou nas buscas com cães. “A gente sai daqui com mais bagagem, conhecimento e experiências técnicas muito grandes. E pudemos verificar que nossos bombeiros especialistas estão aptos a operar em qualquer região em apoio às demais forças. Estamos prontos para contribuir e salvar vidas", afirmou o tenente-coronel.
Bombeiro tocantinense fica preso em lama durante ação de buscas por vítima (Foto: Luiz Henrique Machado/Secom-TO)Em Canoas
Os bombeiros tocantinenses também atuaram nos municípios de Canoas e em Porto Alegre.
Em Canoas, durante cinco dias de operação em conjunto com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO) resgataram 96 pessoas, 54 animais e recuperaram 12 corpos de vítimas.
“Nunca tinha visto uma missão tão grande, interdisciplinar e com vários tipos de situações ao mesmo tempo. Serviu de escola na parte técnica para nós e conseguimos criar um elo com os bombeiros do Rio de Janeiro na área aquática e, o mais importante, ajudar quem precisava”, destacou o cabo Samuel Pacheco.
Também em Canoas, mas na Base Aérea da Aeronáutica, o CBMTO tem dois bombeiros militares que atuam na parte de logística. Um tenente-coronel e um tenente operam ajudando no recebimento e envio aos municípios das cargas de alimentos, roupas e outros insumos que são direcionados aos atingidos pelas inundações.
Outra atuação do CBMTO no Rio Grande do Sul ocorre por meio da tenente-coronel Dione Miranda, que tem como base de apoio para sua operação a sede do 8º Batalhão Bombeiro Militar. Como psicóloga, ela presta atendimentos aos militares e seus familiares. Iniciado no dia 9 de maio, o atendimento, presencial e on-line, se estende também às cidades de Porto Alegre, Encantado e Lajeado, com alguns deslocamentos. A tenente-coronel continuará no Rio Grande do Sul dando sua contribuição às famílias que necessitam de apoio de diferentes formas. (Secom/TO)
Bombeiros militares de vários estados operam em área colapsada em busca de vítima(Foto: Luiz Henrique Machado/Secom-TO)