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Economia

Foto: Freepik

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Neste Dia dos Namorados (12 de junho), a Serasa divulga uma pesquisa que investigou a relação entre o coração e as finanças. A conversa abre espaço de discussão sobre os cuidados necessários entre namorados, maridos, esposas e ficantes para evitar prejuízos financeiros durante a data comemorativa e, em especial, ao longo do relacionamento.

De acordo com o levantamento produzido pelo Instituto Opinion Box, 32% dos entrevistados já se endividaram, em algum momento da vida, por conta de um parceiro e 25% revelam que já precisaram tomar crédito, motivado pela pessoa amada em questão. Pensando em relações anteriores, por sua vez, 15% dos respondentes também contam que compraram um presente e terminaram a relação antes da celebração de 12 de junho.

Valéria Meirelles, psicóloga do Dinheiro, explica que esse é um fenômeno comum no início do relacionamento, em que, muitas vezes, casais maquiam a verdadeira realidade financeira porque querem se adequar ao outro. “O estágio inicial de paixão afeta a razão e faz com a pessoa se mostre muito mais emocional, chegando a acreditar que vale qualquer esforço para seduzir o parceiro – inclusive, recorrer a um empréstimo”, diz.

A chave para evitar ciladas amorosas e financeiras, de acordo com Valéria, é a conversa aberta. “É importante ter ciência que a paixão dura pouco e estamos falando de um período de idealização, em que um tenta se mostrar para o outro em seu melhor, mesmo que não tenha condições para tal”, afirma. “Porém, uma relação mais estável só se firma se se o casal falar sobre dinheiro desde o começo, a partir de situações básicas: caso um não possa ir a um restaurante mais caro ou tem um orçamento específico para o presente, por exemplo”.

Nesse sentido, amor e finanças andam juntos, e a educação financeira pode ser uma ferramenta importante para unir ainda mais casais além das datas comemorativas. “Quebrar esse tabu de falar sobre dinheiro é um ato de maturidade, para cada um ter clareza do limite financeiro do outro e construir um limite econômico da relação. Ou seja, não é um ato antirromântico, mas que ajuda a construir uma base sólida para uma relação em que ambos cresçam financeiramente”, conclui Valéria.

Presente: o básico ou inusitado?

A pesquisa ainda revela que 64% dos brasileiros acreditam na importância do Dia dos Namorados para o relacionamento. Segundo o levantamento, 55% dos consumidores têm a intenção de comprar presentes para alguém nessa época do ano, sendo 64% deles presentes para esposas ou maridos.

Os números mostram que os mimos tradicionais seguem em alta: entre as principais escolhas de presentes em 2024 estão as roupas (26%), perfumes (22%), algo simbólico, como flores e chocolates (16%), um almoço ou jantar comemorativo (15%) e equipamentos eletrônicos (14%).

Já em relação às famosas tatuagens com nome ou referência ao parceiro, 86% dos respondentes afirmam que não tatuariam o nome do namorado, marido ou esposa como uma homenagem ou presente especial – 7% ainda contam que teriam interesse em fazer e 7% não sabem se fariam. “Com as relações cada vez mais fluídas e possibilidades de múltiplos relacionamentos, é complicado pensar em algo eterno como a própria tatuagem”, analisa Valéria.

Entretanto, a psicóloga reforça que, mesmo que um relacionamento não seja eterno ou eternizado na pele, as experiências são memoráveis – inclusive, em relação às finanças: “É preciso lembrar que um ex é para sempre. As vivências passadas podem nos ajudar a nos tornar indivíduos e parceiros melhores em todos os aspectos”.

Metodologia

Realizado em parceria com o Instituto Opinion Box, o levantamento ouviu 1.732 pessoas, entre os dias 17 e 21 de maio de 2024.