Meio Ambiente

Foto: Divulgação

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A imprensa nacional repercute nesta segunda-feira 22, um impactante aviso de novo estudo da Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço): o Brasil pode ficar inabitável em 50 anos por consequência dos impactos das mudanças climáticas. 

Pesquisadores mapearam cinco regiões do planeta onde o calor pode atingir níveis insuportáveis para humanos ao longo dos próximos 50 anos. O relatório foi baseado em dados de satélites coletados ao longo dos últimos anos e indica que o aumento da temperatura e da umidade estão desenfreados por causa do aquecimento global. A pesquisa estima que, até 2070, o calor e a umidade vão chegar a patamares extremos nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.

O aumento da temperatura é uma das principais consequências das mudanças climáticas.

Segundo a agência norte-americana, essas regiões se tornarão inabitáveis pela projeção de temperatura de bulbo úmido, um cálculo que mostra o quanto um objeto consegue se resfriar quando a umidade dele evapora. De acordo com o cientista Colin Raymond, responsável por conduzir a pesquisa, os seres humanos conseguem sobreviver por seis horas em uma temperatura de bulbo úmido acima de 35 ºC. Acima disso, o suor já não é mais capaz de resfriar o corpo.

O corpo consegue se manter suando a 45° C com 20% de umidade. Porém, se a umidade passar de 40%, essa combinação pode ser letal porque a capacidade de suar e assim dissipar calor, se reduz.

“Pense em quando você sai de um banho quente. A água evapora do seu corpo e você se sente mais fresco. Mas se estiver quente ou úmido (ou ambos) no ambiente, será mais difícil sentir frio. Essa sensação está diretamente relacionada ao que a temperatura do bulbo úmido está medindo”, explicou a Nasa, em uma publicação no site oficial.

Calor já mata muitas pessoas pelo Mundo 

De acordo com estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), entre 2000 e 2019, o calor matou 489 mil pessoas por ano no mundo. Na maioria dos casos são pessoas com doenças crônicas, como pacientes renais, mas quem puxa o gatilho é o calor.