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Cultura

Foto: Divulgação

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Depois de circular com apresentações em Palmas e Paraíso do Tocantins, o espetáculo teatral “Mulheres que correm em nossas veias” será apresentado na próxima terça-feira, 13, às 14 horas, no auditório Warã, no campus da Universidade Federal do Tocantins, em Miracema do Tocantins, cidade localizada a 78 km de Palmas. A apresentação é gratuita e a classificação é de 12 anos.

O monólogo é apresentado pela atriz Raiane Oliveira com direção-geral de Bárbara Tavares, que construiu a dramaturgia conjuntamente com a protagonista do espetáculo. Uma homenagem à ancestralidade feminina, o espetáculo teatral conta a história de uma jovem estudante de artes dramáticas que se autorretrata buscando conhecer-se. Segundo a diretora, a produção visa explorar a mulher que se é e traz à tona um elo construído por outras mulheres.

A atriz Raiane Oliveira complementa que o espetáculo é uma homenagem feita a quatro artistas mulheres que vivem e atuam na cidade de Palmas, Tocantins, mas, é também, e, por conseguinte, uma homenagem a todas as mulheres ancestrais. A obra teatral, simultaneamente, biográfica e documental, de intencionalidade estética crítica e feminista, fricciona questões como o corpo feminino essencialista, a exuberância da sensualidade, a maternagem, a importância social, cultural e histórica da ancestralidade e das narrativas que ampliam a visibilidade das mulheres artistas, sobretudo, mulheres, que vivem e atuam, na região Norte do país, área de Amazônia Legal, ainda muito invisibilizada para a grande parte do Brasil.

Sinopse

Durante o percurso de autoconhecimento e de viagens psíquicas por sua natureza inconsciente e subterrânea, a estudante encontra pelo caminho uma artesã de Capim Dourado (Durvalina Souza), uma artista plástica (Marina Boaventura), uma atriz (Cleuda Milhomem), e uma bailarina de dança contemporânea (Renata Souza). Dos encontros e entrevistas travadas entre a jovem estudante e as quatro mulheres artistas, surge uma personagem narradora, mítica e alegórica. A Mulher de chifres e coração grosseiro, um alterego da atriz intérprete, que apresenta ao público um universo feminino de sons, cores, imagens, danças, gestos, fragmentos das histórias de vidas, de perseveranças, sobrevivências e paixão pela Arte.

Projeto

O projeto é uma iniciativa da diretora Bárbara Tavares e é patrocinado pelo edital Artes Tocantins, da Lei Paulo Gustavo, via Secretaria Estadual de Cultura. A estreia aconteceu no Teatro Cora Coralina, em Paraíso do Tocantins; e no Colégio Criança Esperança em Palmas. O projeto inclui ainda apresentações nas cidades de Porto Nacional e Gurupi. As apresentações são realizadas com acessibilidade (tradução simultânea em Libras), e debate sobre o tema do trabalho de mulheres artistas atuantes no estado do Tocantins, e, no mundo de forma ampla.