A medicina alerta que as doenças mais silenciosas talvez sejam as mais graves, como é o caso dos cânceres ginecológicos, que atingem cerca de 30 mil mulheres brasileiras todos os anos, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Tumores na vagina e na vulva são considerados raros, já os que atingem o útero, os ovários e o endométrio são mais frequentes. Juntos, os cânceres ginecológicos são a terceira causa de morte prematura feminina no Brasil.
Para se ter uma ideia da incidência do problema, também de acordo com o Inca, de 2023 a 2026, serão novas 540 ocorrências só no Tocantins. Em todo o país serão 51 mil casos no mesmo período. O câncer de colo do útero representa mais da metade dos diagnósticos de câncer ginecológico. Uma das principais causas do câncer de colo de útero é a infecção persistente pelo papilomavírus humano, o chamado HPV. Infecção essa que poderia ser identificada e tratada na maioria dos casos, antes mesmo de virar um câncer.
De acordo com o médico oncologista do Instituto Oncológico do Tocantins, doutor Gleisson Perdigão, a identificação de lesões no colo de útero de modo precoce garante a não evolução para o câncer. “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), seria possível reduzir entre 60% e 90% das ocorrências se pelo menos 80% das mulheres realizassem o preventivo. O exame é simples, rápido e indolor e deve ser feito por todas as mulheres que já tenham tido relações sexuais”, explica o doutor Gleisson.
A importância do exame citopatológico foi destaque no Board Review EVA, evento itinerante realizado em Palmas e promovido pelo Grupo Brasileiro de Tumor Ginecológico. Com a presença do doutor Gleisson, o encontro reuniu especialistas em oncoginecologia para discutir tratamentos inovadores e debater estratégias para aprimorar a prevenção e o tratamento dos cânceres ginecológicos.
"Manter hábitos saudáveis, como não fumar, praticar atividades físicas e adotar uma alimentação equilibrada, é fundamental para reduzir o risco dessas doenças. Para pacientes já diagnosticados, o acesso a tratamentos como quimioterapia e imunoterapia aumenta significativamente as chances de controle e cura", destaca o doutor Gleisson Perdigão. Ele também reforça que a vacina contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenir o câncer de colo de útero, recomendando a realização de check-ups ginecológicos anuais para reduzir os riscos.
Sobre o Instituto Oncológico do Tocantins
Com 11 anos de atuação, o Instituto Oncológico do Tocantins se destaca como referência no tratamento do câncer, oferecendo atendimento humanizado e especializado. A clínica reúne especialistas em oncologia, mastologia, cirurgia, hematologia, coloproctologia e reumatologia, oferecendo uma abordagem completa. Além de tratamentos como quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia, o Instituto atua no rastreamento e controle da doença, garantindo suporte em todas as fases do tratamento. (Precisa/AI)