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Saúde

Foto: Freepik

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O câncer de mama pode afetar mulheres de diferentes faixas etárias, mas suas características e incidência variam entre pacientes jovens e idosas. Em geral, a doença acomete mulheres acima de 50 anos, especialmente após a menopausa. Entretanto, o que vem chamando a atenção é o aumento das ocorrências em mulheres mais novas, abaixo de 40 anos, que representa cerca de 5% dos casos.

Segundo a Dra. Vanessa Sanvido, mastologista do Hcor, os tumores em mulheres idosas crescem de forma mais lenta e, muitas vezes, respondem bem a tratamentos hormonais. O mesmo não acontece com mulheres jovens, que sofrem com a agressividade do câncer, além de presenciar um crescimento rápido e uma grande chance de desenvolvimento de metástase.

“Esses casos são mais raros, mas é por isso que alertamos tanto para a prevenção e o diagnóstico precoce. O exame mais efetivo para detectar câncer de mama em estágios iniciais é a mamografia. Geralmente, o exame é recomendado para mulheres acima de 40 anos, já que é a faixa etária com mais incidência, mas precisamos começar a antecipar essa investigação”, informa a especialista.

Outra forma que pode ajudar a apurar o diagnóstico é a investigação do risco de câncer hereditário. Muitas mulheres jovens com câncer de mama podem ter mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam significativamente o risco de desenvolver a doença. Identificar essas mutações permite que a paciente e seus familiares possam tomar precauções, seja com o acompanhamento médico intensivo ou, em alguns casos, cirurgias preventivas.

“Essa busca pode guiar o tratamento, ajudando a personalizar as estratégias terapêuticas de acordo com as necessidades específicas da paciente. Tanto em jovens quanto em idosas, o cuidado personalizado, que leva em consideração os fatores genéticos e o quadro clínico geral, é fundamental para garantir os melhores resultados”, afirma.

O objetivo é garantir que seja eficaz, mas ao mesmo tempo, menos agressivo e adaptado às condições de cada mulher. Em alguns casos, tratamentos menos invasivos podem ser preferíveis a cirurgias radicais ou quimioterapias.

Um exemplo é o uso da crioablação, também conhecida como crioterapia, para eliminar tumores de até dois centímetros.. “A vantagem dessa técnica é que, por ser minimamente invasiva, oferece menos riscos e uma recuperação mais rápida aos pacientes. Ao contrário da cirurgia convencional, a crioablação é feita em ambiente ambulatorial e requer apenas anestesia local”, explica a Dra. Vanessa.

Independente da idade, é fundamental que a mulher esteja atenta aos sinais do corpo, realizando exames preventivos regularmente e conversando com um médico sobre o histórico familiar. Quanto mais cedo o câncer for detectado, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura. (Hcor)