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Cultura

Foto: Cleia Gomes

Foto: Cleia Gomes

O Grupo Artpalco apresenta o espetáculo cênico-musical “Negras: Vozes Silenciadas, Histórias Reveladas”, na próxima sexta-feira, 1º de novembro, na Pracinha da Cultura, no Morada do Sul, com duas sessões – às 19 horas e 20h30. A entrada é apenas 1kg de alimento não-perecível e os ingressos estão disponíveis para retirada no site Sympla.

A apresentação é conduzida pelas cantoras e atrizes Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa, do grupo Vozes de Ébano. Em 30 minutos de apresentação, a peça revela as vivências e os desafios de três mulheres negras que enfrentam o racismo em suas diferentes facetas, levando o público a refletir sobre questões sociais e pessoais muitas vezes invisibilizadas.

Para o diretor-geral do espetáculo, Mello Júnior, a proposta de 'Negras' é conectar o público com essas histórias através de um espetáculo que mistura teatro e música para provocar empatia e consciência social. “As canções intensificam cada narrativa, e os diálogos tocam profundamente aqueles que assistem, criando um espaço para a reflexão e para o engajamento”, revela.

George Henrique Silva, responsável pelo projeto, reforça: “Queremos que o público perceba o poder da arte como instrumento de luta e transformação. “Negras: Vozes Silenciadas, Histórias Reveladas” não é só um espetáculo, mas um convite para ouvir e sentir as vozes dessas mulheres, ampliando o debate sobre questões que ainda precisam ser encaradas de frente.”

Para as cantoras e atrizes Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa, do grupo Vozes de Ébano, a experiência é desafiadora. “Cada canção ecoa o que vivemos e o que muitas mulheres negras enfrentam todos os dias. Nossas histórias são diversas, mas cada uma delas traz uma força que esperamos que inspire outras pessoas”, destaca Fran Santos.

Para Cinthia Abreu, a esquete promete ser uma jornada de resiliência e empoderamento. “É um apresentação simples, mas com uma mensagem muito forte, sobre a importância da reflexão e amplificação de histórias que merecem ser ouvidas”, revela. Malusa complementa sobre o papel provocador de “Negras”: “Essa é uma peça que faz perguntas importantes e deixa o público refletindo sobre as respostas. Ao trazer essas histórias à tona, estamos colocando um holofote sobre o que muitas vezes fica escondido, e é exatamente essa a função da arte: transformar o invisível em algo real e presente para todos.”

Dramaturgia

A dramaturgia é de Luiz Navarro ao contar a história de Isabel, uma jovem que, em situação de pobreza, luta contra as barreiras e preconceitos que a marginalizam enquanto sonha com um futuro melhor para o filho que está para nascer, mesmo diante das dificuldades de exclusão social; Corina, uma mãe que enfrenta o luto e a resistência após a perda trágica de seu filho inocente, vítima da violência policial. Sua dor traz à tona a resiliência necessária para suportar as marcas deixadas pela injustiça; Dora, uma praticante de religião de matriz africana que enfrenta o preconceito e a discriminação, desafiando os estigmas que tentam silenciar sua voz e seu direito de viver e expressar sua fé.

Social

A iniciativa é realizada em parceria com a ONG Unidos por Um Mundo Melhor, que receberá os alimentos para doação a famílias carentes e atuará conjuntamente com a equipe do projeto para articulação do público do espetáculo, com cota de ingressos para os voluntários da ONG. Além disso, a presidente da ONG, Júlia Albuquerque, fará a abertura da apresentação com poesia que também foca o combate ao racismo e preconceito. 

Projeto

O projeto “Negras: Vozes Silenciadas, Histórias Reveladas” é uma realização do Grupo Artpalco e apresentação do Grupo Vozes de Ébano que conta com patrocínio do edital Culturas e Linguagens – Teatro do edital da Lei Paulo Gustavo (LPG), via Fundação Cultural de Palmas (FCP) e Ministério da Cultura, além de apoio do Instituto Social e Cultural Araguaia (Isca), Organização Unidos por Um Mundo Melhor (UPMM) e Pracinha da Cultura.