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Estado

Foto: Luiz Henrique Machado/CBMTO

Foto: Luiz Henrique Machado/CBMTO

Tão logo as buscas subaquáticas foram iniciadas na tarde desta quarta-feira, 25, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins localizaram mais duas vítimas sob as águas no local do acidente com a Ponte JK, na divisa do Tocantins e Maranhão. Foram as primeiras atividades de mergulho visando a localização dos corpos, desde domingo, 22, e um total de 29 militares especialistas atuam na operação.

Os dois corpos localizados foram encaminhados para o Instituto Médico Legal para identificação. Trata-se de um casal que estava na cabine de um caminhão com carga de MDF. O homem foi o primeiro a ser extraído e cerca de 30 minutos depois, a mulher. Mergulhadores foram a aproximadamente 15 metros de profundidade.

Um total de seis corpos foram recuperados até então. O número de pessoas que continuam desaparecidas foi atualizado para 11 vítimas. 

Buscas subaquáticas 

Após análises técnicas no local da queda da Ponte, a Marinha do Brasil e os Corpos de Bombeiros Militares decidiram por iniciar as buscas subaquáticas, mesmo com alguns riscos aceitáveis. Segundo as autoridades, as margens do Rio Tocantins, no ponto do colapso, tem cerca de 20 metros de profundidade, e o meio chega a 48 metros, conforme aferição feita na terça-feira, 24.

Até a manhã desta quarta-feira, 25, as buscas eram apenas visuais, com os bombeiros nas embarcações. Os mergulhadores da Marinha chegaram ao local à tarde. 

A corporação assumiu a operação. Os bombeiros tocantinenses estão em Aguiarnópolis - TO, desde a noite de domingo, 22, data em que a ponte colapsou. A determinação de enviar o imediato socorro foi do governador Wanderlei Barbosa, que disponibilizou uma aeronave para o transporte da equipe da Companhia Independente de Busca e Salvamento (CIBS), com sede em Palmas.

Usina de Estreito 

Uma das ações que contribuem com a operação é a decisão da direção da Usina Hidrelétrica de Estreito de controlar o volume de água que desce pela barragem, fazendo com que a velocidade e o nível sejam menores, facilitando os mergulhos no leito do Rio Tocantins.

No local das buscas ainda estão vários veículos de passeio e quatro caminhões, sendo que dois deles estão carregados com produtos perigosos.

“Estamos diante de um cenário ímpar, um cenário inédito para qualquer corporação bombeiro militar no Brasil e até em outros países, envolvendo várias das nossas especializações em um ambiente subaquático, que é a existência de carga com produtos perigosos, em grande profundidade e quantidade, e ainda com a necessidade de fazermos salvamento veicular. Neste cenário, nós carecemos de atentar para todas essas especialidades com as quais o bombeiro trabalha e, no primeiro momento, a nossa preocupação é com relação à atividade de mergulho, para eliminar todos os riscos, inclusive a possibilidade de um colapso da estrutura remanescente da ponte”, relatou o tenente-coronel Donaldo Lourinho, comandante da CIBS.