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Mundo Pet

Foto: Freepik

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Todo motorista já se deparou com a cena de um cachorro urinando na roda de um carro. O hábito, comum entre os animais, pode parecer inofensivo à primeira vista, mas as consequências vão além da simples sujeira. Na coluna dessa semana vamos abordar o assunto para mostrar que a urina, com seu pH ácido, é capaz de causar danos a componentes importantes do veículo, gerando custos inesperados e, em alguns casos, até comprometendo a segurança.

A prática de urinar em rodas é instintiva para os cães, especialmente os machos, que marcam território por meio do odor. Pneus de veículos acumulam uma grande variedade de cheiros ao circularem por diferentes ambientes, o que os torna um ponto de interesse para os animais. No entanto, a interação entre a urina e os materiais do carro pode ser prejudicial a médio e longo prazo.

A composição ácida da urina é um dos principais fatores de risco para veículos. A corrosão afeta não apenas a superfície dos pneus, mas também as rodas. As rodas de aço tendem a ser mais vulneráveis do que as de alumínio, com o processo oxidativo atingindo áreas como os cubos, parafusos e roscas. Em casos extremos, esses componentes podem travar ou quebrar, exigindo substituição ou até causando acidentes em situações de uso intenso.

Além das partes metálicas, outros elementos de borracha, como suspensões, conexões hidráulicas e dutos de freio, também podem ser danificados. A borracha, ao absorver as substâncias presentes na urina, perde flexibilidade e se torna mais rígida, o que provoca ruídos e prejudica o desempenho do veículo.

Para minimizar os impactos, a limpeza imediata após o incidente é a medida mais eficiente. A remoção da urina antes que ela penetre nos materiais reduz as chances de danos permanentes. Entretanto, algumas ações preventivas podem evitar situações recorrentes.

Uma opção simples e acessível são as capas protetoras para pneus. Feitas de materiais impermeáveis, elas protegem a superfície do contato com substâncias externas. No entanto, o uso pode ser trabalhoso, especialmente em veículos utilizados com frequência, e as capas podem se desgastar rapidamente caso sejam atingidas com regularidade.

Adestrar o animal é outra solução eficaz, embora exija paciência e dedicação. Cães, especialmente quando treinados desde filhotes, podem aprender a evitar áreas específicas, reduzindo o risco de danos ao veículo. Mesmo animais adultos podem ser adestrados, embora o processo seja mais demorado.

Quando o carro está estacionado em locais públicos, o uso de repelentes sanitários é uma alternativa. Esses produtos contêm substâncias que desestimulam o cão a urinar nas rodas, mas não garantem 100% de eficácia. Em alguns casos, os animais podem não reagir ao repelente, o que limita sua utilidade.

A castração é mencionada por especialistas como uma medida que pode reduzir comportamentos de marcação territorial em machos, embora os resultados variem conforme a personalidade e os hábitos do animal. Cães que já desenvolveram o comportamento de urinar levantando a perna podem manter o hábito mesmo após o procedimento.

Além das questões estéticas e financeiras, os danos causados pela urina podem impactar diretamente a segurança do veículo. Elementos como o sistema de freios, ao sofrerem degradação, comprometem a dirigibilidade e aumentam os riscos de acidentes. Por isso, é fundamental que os motoristas estejam atentos e tomem providências para evitar problemas mais graves.

Embora seja difícil eliminar completamente o risco, a combinação de medidas preventivas, adestramento e cuidados regulares pode reduzir significativamente os prejuízos. Avaliar as condições do veículo e agir de forma rápida ao identificar sinais de corrosão ou desgaste são atitudes que preservam não apenas o carro, mas também a tranquilidade de quem dirige.

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