O governador interino do Tocantins, Laurez Moreira, exonerou todos os secretários do primeiro escalão. O Diário Oficial (DOE) dessa quarta-feira, 3, de número 6.891, trouxe mais de 50 nomes e, segundo Laurez, a medida atende recomendação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell.
O governador em exercício afirmou que vai "pensar bem" antes de escolher os novos secretários para a gestão. Neste primeiro momento, Laurez nomeou apenas Luiza Rocha Pinheiro secretária da Comunicação; Vitor Oliveira Santos Rocha Teles secretário-chefe da Casa militar e Ailton Parente Araújo chefe de gabinete do governador interino.
Sebastião Pereira Neuzin Neto foi designado para responder interinamente pela Casa Civil.
Confira a lista dos principais nomes exonerados:
• Deocleciano Gomes Filho, Secretário-Chefe da Casa Civil - exonerado a pedido;
• Wander Araújo Vieira, Secretário-Chefe da Casa Militar - exonerado a pedido;
• Adão Francisco de Oliveira, Secretário de Estado da Igualdade Racial;
• André Luiz Torres Gomes, Secretário Extraordinário de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Palmas;
• Atos Gomes de Araújo, Secretário de Estado dos Esportes e Juventude;
• Berenice de Fátima Barbosa Castro Freitas, Secretária de Estado da Mulher;
• Bruno Sousa Azevedo, Secretário de Estado da Segurança Pública;
• Carlos Felinto Júnior, Secretário de Estado da Saúde;
• Carlos Humberto Duarte de Lima e Silva, Secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços;
• Carlos Santos Manzini Júnior, Secretário Extraordinário de Representação em Brasília;
• Donizeth Aparecido Silva, Secretário de Estado da Fazenda;
• Edilciney Lopes Pereira, Secretário Extraordinário de Ações Estratégicas;
• Fábio Pereira Vaz, Secretário de Estado da Educação;
• Hercy Ayres Rodrigues Filho, Secretário de Estado do Turismo;
• Iderval João da Silva, Secretário de Estado de Assuntos Institucionais;
• Irana de Sousa Coêlho Aguiar, Procuradora-Geral do Estado;
• Jaime Café de Sá, Secretário de Estado da Agricultura e Pecuária;
• José Sebastião Pinheiro de Souza, Secretário de Estado da Cultura;
• Karynne Sotero Campos, Secretária Extraordinária de Participações Sociais;
• Katiusçya Alves Barbosa Chaves, Secretária de Estado da Governadoria, da Secretaria Executiva da Governadoria;
• Lázaro Botelho Martins, Secretário Extraordinário de Ações Governamentais;
• Marcello de Lima Lelis, Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos;
• Márcio Anderson Raimundo da Rocha, Secretário de Estado da Comunicação;
• Márcio Antônio Barbosa de Mendonça, Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Tocantins - PMTO;
• Marcos Martins Camilo, Chefe de Gabinete do Governador;
• Murilo Francisco Centeno, Secretário-Chefe da Controladoria Geral do Estado;
• Nilomar dos Santos Farias, Secretário de Estado da Cidadania e Justiça;
• Paulo César Benfica Filho, Secretário de Estado da Administração
• Paulo Waikarnãse Xerente, Secretário de Estado dos Povos Originários e Tradicionais;
• Peterson Queiroz de Ornelas, Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Tocantins - CBMTO;
• Rodrigo de Carvalho Ayres, Secretário de Estado da Pesca e Aquicultura;
• Rosilene Fortunato de Souza, Secretária Particular do Governador;
• Sergislei Silva de Moura, Secretário de Estado do Planejamento e Orçamento;
• Thomas Jefferson Gonçalves Teixeira, Secretário de Estado de Parcerias e Investimentos;
• Ubiratan Carvalho Fonseca, Secretário de Estado das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional;
• Valderez Castelo Branco Martins, Secretária de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social;
• Wellington Ferreira de Medeiros, Secretário Extraordinário de Políticas de Governo Descentralizadas;
• Bárbara Jesuína Mendes Gomes, Presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins - IGEPREVTOCANTINS;
• Cledson da Rocha Lima, Presidente do Instituto Natureza do Tocantins - NATURATINS;
• Hiram Melchiades Torres Gomes Sobrinho, Presidente da Agência de Tecnologia da Informação - ATI-TO;
• Issam Saado, Presidente da Junta Comercial do Estado do Tocantins - JUCETINS;
• Márcio Pinheiro Rodrigues, Presidente da Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura - AGETO;
• Maria Eulessandra Sousa Castilho, Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Tocantins - FAPT;
• Matheus Pereira Martins, Presidente da Agência Tocantinense de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos - ATR;
• Milton Neris de Santana, Presidente da Agência de Mineração do Estado do Tocantins - AMETO;
• Osires Rodrigues Damaso, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins - RURALTINS;
• Paulo Antônio de Lima, Presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins - ADAPEC-TOCANTINS;
• Pedro Henrique Cardoso Beckman, Presidente da Agência Tocantinense de Saneamento - ATS;
• Ronan Dorneles de Sousa, Presidente da Agência de Metrologia, Avaliação da Conformidade, Inovação e Tecnologia do Estado do Tocantins - AEM;
• Ruivaldo Aires Fontoura, Presidente do Instituto de Terras do Estado do Tocantins - ITERTINS;
• Willian Gonzaga dos Santos, Presidente do Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/TO.
Afastamento de Wanderlei
O ministro do STJ, Mauro Campbell, determinou o afastamento do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, por um período de seis meses. A decisão foi tomada no âmbito da Operação Fames-19, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nessa quarta-feira, 3, para investigar um suposto esquema de desvio de recursos públicos voltados ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, incluindo verbas destinadas à aquisição de cestas básicas.
A decisão do ministro Campbell foi referendada pela Corte Especial do STJ.
De acordo com a PF, as investigações, que tramitam sob sigilo no STJ, apontam fortes indícios de um esquema de desvio de recursos públicos entre os anos de 2020 e 2021, período em que os investigados teriam se aproveitado do estado de emergência em saúde pública e assistência social para fraudar contratos de fornecimento de cestas básicas.
Segundo a apuração da PF, foram pagos mais de R$ 97 milhões em contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos congelados, com prejuízo estimado superior a R$ 73 milhões aos cofres públicos. Os valores desviados teriam sido ocultados por meio da construção de empreendimentos de luxo, compra de gado e pagamento de despesas pessoais dos investigados.
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Corte do STJ referenda decisão do ministro Campbell para afastamento do governador Wanderlei