A Força Sindical, uma das maiores centrais sindicais do país, manifestou-se contra a decisão do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central de manter a Taxa Básica de Juros (Selic) em 15% ao ano. Em uma nota oficial divulgada nesta quarta-feira, 17, o presidente da entidade, Miguel Torres, afirmou que a medida prejudica o setor produtivo e a classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que beneficia especuladores. "Os seus membros continuam, infelizmente, virando as costas para a classe trabalhadora", destaca.
Segundo Miguel Torres, a manutenção da taxa de juros em patamar considerado "exorbitante" e "extorsivo" impõe obstáculo ao desenvolvimento econômico. "Manter a Taxa Selic em patamares exorbitantes é outro aceno aos especuladores", diz a nota.
O líder sindical também argumenta que a atual taxa está "estrangulando a economia, o consumo e prejudicando as campanhas salariais do segundo semestre". Para a Força Sindical, a decisão do Copom, mesmo após mudanças em sua composição, ignora as necessidades da população e do mercado de trabalho.
O documento conclui com um apelo urgente por mudança na política monetária. "Precisamos urgentemente de redução de juros para a atividade econômica se fortalecer novamente", diz Miguel Torres na nota.
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Confira a nota na íntegra:
Ao manter a Taxa Básica de Juros (Taxa Selic) em 15% ao ano, o Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central) demonstra que continua se curvando aos especuladores, em detrimento ao setor produtivo, que gera empregos e renda.
Manter a Taxa Selic em patamares exorbitantes é outro aceno aos especuladores.
Infelizmente, estamos vivendo a era dos juros extorsivos.
A taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, está estrangulando a economia, o consumo e prejudicando as campanhas salariais do segundo semestre.
Precisamos urgentemente de redução de juros para a atividade econômica se fortalecer novamente. Continuar com a atual taxa de juros impõe um forte obstáculo ao desenvolvimento do Brasil.
Mesmo com as mudanças no Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom), os seus membros continuam, infelizmente, virando as costas para a classe trabalhadora.
Vamos continuar protestando contra os juros extorsivos, que vão na contramão do desenvolvimento.
É preciso baixar os juros já!
São Paulo, 17 de setembro de 2025
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS).