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Foto: Divulgação Senar/IA

Foto: Divulgação Senar/IA

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) inicia, em novembro, um projeto-piloto que levará um exame de sangue inovador para rastreamento do câncer de mama a mulheres de áreas rurais dos estados de São Paulo e Ceará.

A ação integrará o programa “Semear é Cuidar”, em São Paulo, e o “Saúde da Mulher Rural”, em Quixadá (CE), iniciativas conduzidas, respectivamente, pelas Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados de São Paulo (Faesp) e do Ceará (Faec), com o apoio técnico do Senar. Ao todo, 600 mulheres devem ser beneficiadas.

O projeto- piloto foi viabilizado por meio de uma parceria inédita entre o Senar, o Instituto CNA e a empresa de biotecnologia LiqSci, desenvolvedora do RosalindTest, exame que avalia a atividade de genes relacionados à fisiologia do câncer de mama.

Em estudos prévios, o RosalindTest apresentou 95% de acurácia na identificação de mulheres com ou sem câncer de mama, podendo indicar a necessidade de encaminhamento para exames confirmatórios, como mamografia ou biópsia. O diagnóstico permanece sendo responsabilidade exclusiva do médico assistente.

“A iniciativa reforça o compromisso do Senar em promover saúde e qualidade de vida no campo. Cuidar de quem produz alimento é nossa missão diária. Neste piloto, unimos a capilaridade da nossa rede com uma tecnologia inovadora para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama entre mulheres que vivem longe dos grandes centros. Esperamos estabelecer um modelo seguro, complementar à mamografia, que possa transformar o cenário de mortalidade por câncer de mama e inspirar novas soluções de inovação em saúde,” afirmou o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.

O teste não substitui a mamografia, devendo ser utilizado como técnica complementar. “O RosalindTest surge como uma alternativa complementar que permite levar medicina de precisão às comunidades mais remotas do Brasil. A tecnologia se soma às estratégias já existentes, como a mamografia, para identificar cedo quem mais precisa de cuidado”, explica o professor Dr.  Fernando Fonseca, titular de Análises Clínicas da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da LiqSci.

O projeto-piloto também permitirá avaliar a experiência das mulheres, os fluxos de atendimento e a efetividade operacional para futura expansão nacional.