O CEO do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, celebrou o anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre o avanço nas tratativas para criação do Fundo de Preservação das Florestas Tropicais. Marina confirmou os aportes de US$ 3 bilhões da Noruega, US$ 1 bilhão do Brasil e outro US$ 1 bilhão da Indonésia, além de US$ 500 milhões da França e uma sinalização positiva vinda da Alemanha.
O Fundo tem algumas regras que norteiam a liberação dos recursos e os investimentos. Serão pagos cerca de US$ 4 ao ano para cada hectare de floresta nativa em pé. Os valores podem ser atualizados com o passar do tempo; os resultados serão acompanhados via satélite. Haverá desconto nos pagamentos em casos de desmatamento.
Além disso, o fundo virá de recursos públicos e privados; os lucros de investimentos variados serão usados para pagar pela conservação, além dos próprios investidores e países que preservem florestas. O Banco Mundial será administrador e anfitrião do TFFF.
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Só poderão receber pagamentos os países em desenvolvimento que tenham florestas úmidas tropicais ou subtropicais, com desmatamento zero ou abaixo de 0,5% em relação à cobertura do ano anterior. Pode haver exceções em casos de desastres naturais. Países desenvolvidos ou que não tenham florestas tropicais podem participar apenas como financiadores.
“É sempre louvável a criação de um Fundo para captar recursos que financiem projetos de sustentabilidade e conservação. Mais importante do que isso – e nesse ponto o anúncio feito pelo governo dialoga com as práticas adotadas pelo Banco da Amazônia – é criar mecanismos seguros de aporte, de remuneração e de comprovação efetiva dos desdobramentos dos projetos financiados. Sem essa segurança, os investidores podem se sentir inseguros para realizar aportes”, destaca Luiz Lessa.
