Palmas encerrou o mês de outubro com nova redução no custo da cesta básica, marcando o terceiro mês seguido de deflação nos preços dos alimentos essenciais. O levantamento é do Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (NAEPE), do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), que acompanha mensalmente a variação do conjunto de 12 produtos tradicionais da alimentação na região Norte.
De acordo com a pesquisa, o valor da cesta básica na capital tocantinense passou de R$ 667,85 em setembro para R$ 664,39 em outubro, representando uma queda de 0,52%. Essa sequência de reduções consolida uma tendência de estabilidade nos preços e indica melhora gradual no poder de compra dos trabalhadores.
O resultado mostra que o comportamento dos preços dos alimentos no segundo semestre tem sido mais favorável às famílias. “No mês de outubro, observamos uma deflação de 0,52%, o que significa que o custo da cesta básica ficou mais baixo pelo terceiro mês consecutivo e a sexta queda no ano. Essa trajetória de queda é importante porque reforça o poder de compra das famílias palmenses, sobretudo, após um início de ano desafiador”, explica Autenir de Rezende, coordenador da pesquisa.
Com a nova redução, o trabalhador que recebeu um salário mínimo no mês de outubro precisou de 96 horas e 18 minutos para adquirir uma cesta básica — 30 minutos a menos em relação a setembro. Já o salário mínimo necessário, calculado para manter uma família de quatro pessoas com despesas básicas, passou de R$ 5.610,61 para R$ 5.581,55.
O economista destaca ainda que o movimento de deflação se consolidou a partir de abril, revertendo a tendência de aumento observada nos primeiros meses de 2025. “O ano começou com três meses seguidos de alta, mas a partir de abril houve uma reversão. Desde então, os meses seguintes apresentaram quedas consecutivas, e em outubro já acumulamos uma redução de 3,66% no preço da cesta básica em Palmas”.
Os dados de outubro também revelam diferenças importantes no comportamento dos preços dos produtos. As maiores altas ficaram por conta do tomate, que subiu 6,1%, seguido da margarina (2,5%), óleo de soja (1,5%) e carne bovina (1,3%). Já as reduções mais expressivas foram registradas na banana (-9,3%), leite (-6,1%), açúcar (-5,6%), arroz (-4%) e feijão (-3,4%) — itens de grande peso na composição da alimentação das famílias.
Naepe-IFTO
Os resultados completos desta e de outras pesquisas desenvolvidas pelo NAEPE podem ser acessados no site (naepepesquisas.com) ou na rede social do Núcleo (@naepe.pesquisas). A pesquisa é com o apoio do Ministério Público (MPTO), da Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPTO) e do Conselho Regional de Economia (Corecon-TO).

