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Saúde

Foto: Imprensa Isac

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O Pronto Atendimento Infantil (PAI), em Araguaína, é uma unidade de média complexidade que estabelece atendimento rápido para casos que precisam de assistência médica imediata. Sinais vitais e sintomas presentes são o que determinam o nível de urgência.

Quando uma criança adoece, é sempre uma preocupação para os pais e responsáveis. E no ato de buscar assistência médica, algumas escolhas podem ser decisivas, como o tempo de espera no atendimento e, inclusive, a exposição desnecessária da criança a outros quadros de doenças. 

Nesse contexto, a diretoria do PAI, unidade de saúde gerida pelo Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), traz orientações à comunidade para essa tomada de decisão.

“Nós entendemos que, quando os pais e cuidadores possuem informações adequadas, é possível tomar decisões mais seguras e atitudes mais eficientes ao escolher o que é mais oportuno para cada quadro de saúde”, explica a Dra. Elena Medrado, médica pediatra e diretora técnica do PAI. 

Prioridade do atendimento no PAI   

Unidades de pronto atendimento de urgência e emergência 24 horas, como é o caso do PAI, são classificadas como intermediárias ou de média complexidade. Isso quer dizer que são voltadas para estabilizar os sinais vitais e/ou encaminhar pacientes para unidades com regime de internação, ou seja, de alta complexidade. 

“O que define essa prioridade é o quadro que está sendo apresentado no momento da triagem, que inclui os sintomas relatados e sinais aferidos pelos equipamentos de checagem, como pressão arterial, temperatura, pulso, oxigenação, nível de consciência, entre outros”, explica a Dra. Elena.

Esses parâmetros de triagem são baseados no Protocolo de Manchester, que é o sistema de triagem preconizado pelo Ministério da Saúde, onde o risco imediato ou potencial para a vida é indicado por pulseiras de cores:

Vermelha – Emergência (atendimento imediato)

  • Parada cardiorrespiratória;

  • Convulsão ativa;

  • Insuficiência respiratória grave;

  • Choque;

  • Trauma grave.

Laranja – Muito urgente

  • Falta de ar moderada ou grave;

  • Febre muito alta com sinais de toxemia;

  • Alteração do nível de consciência;

  • Desidratação grave;

  • Cortes profundos com sangramento ativo;

  • Fraturas expostas;

  • Grandes queimaduras.

Amarela – Urgente

  • Dores importantes (pé torcido, dor torácica, dor abdominal intensa);

  • Vômitos persistentes com sinais de desidratação;

  • Traumas moderados;

  • Febre alta persistente associada a sinais de alerta.

“Nesses casos, estamos falando de pacientes que precisam ser estabilizados e, quase sempre, encaminhados para uma unidade de alta complexidade”, informa a médica.

Segundo ela, muitos pais chegam relatando que a criança estava com quadro de febre e vômito, o que é importante, porém, nem sempre é o suficiente para serem classificadas como urgência e emergência, principalmente quando os sinais vitais estão estáveis no momento da triagem.

“Nessa situação, provavelmente esse atendimento receberá pulseira verde ou azul, que são de pouca urgência ou não urgente, conforme estabelecido pelo mesmo protocolo”, ressalta. 

Levar para o PAI ou aguardar para atendimento na UBS?

No PAI, todo o processo é estruturado para que os pacientes sejam atendidos no tempo adequado para cada pulseira, mas isso pode variar de acordo com o fluxo de pacientes do dia e hora, e a característica do quadro. “Isso quer dizer que, se tivermos mais pacientes que são de urgência e emergência, as classificações de pulseiras verdes e azuis poderão esperar mais tempo que o previsto”, pontua a Dra. Elena. 

A pediatra também explica que cabe aos responsáveis decidirem, ao avaliarem a criança, se o quadro é um caso para o PAI ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS). “Aguardar para buscar atendimento na UBS pode dar mais conforto para a família e, principalmente, prevenir o contato da criança com outras doenças mais graves”, reforça.

De todo modo, a pediatra lembra que essa decisão também pode ser tomada logo após a avaliação da classificação prioritária no PAI, lembrando ainda que o atendimento pode ser referenciado para uma UBS caso a criança apresente os seguintes sinais e condições:

  • Está hidratada;

  • Está se alimentando e mantém bom apetite;

  • Fica ativa quando a febre reduz;

  • O quadro melhora dia após dia;

  • Não apresenta respiração cansada;

  • Não há sinais de alerta.

Além disso, a diretora assegura que, mesmo com uma espera longa, todos os pacientes que permanecem na unidade são atendidos. “Nós temos planos de contingência para quando o fluxo de pacientes aumenta e, mesmo que demore, todos os casos de pouca urgência serão, sim, atendidos, sem exceção”, conclui.