A comunidade cultural de Palmas e região terá a oportunidade de participar de uma formação inédita e totalmente gratuita sobre práticas inclusivas. A Oficina de Acessibilidade Cultural, ministrada pela especialista em acessibilidade e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Compede), Mônica Costa, será realizada no sábado e domingo, 13 e 14, das 17h30 às 20h30, na sede do Circo Os Kaco, em Taquaruçu. A atividade é aberta ao público e não requer inscrição prévia.
A oficina integra o projeto Capacitação e Vivência em Acessibilidade Cultural, que surge da necessidade de ampliar o conhecimento técnico e a sensibilidade de profissionais da cultura, lazer, educação e áreas afins sobre práticas inclusivas. Mais do que apresentar conceitos, a proposta oferece uma vivência imersiva— colocando participantes diante das barreiras enfrentadas diariamente por pessoas com deficiência em espaços culturais.
Durante a formação, os participantes irão experimentar desde simulações práticas, como assistir a uma atividade cultural sem audição, até desafios de mobilidade, refletindo sobre a importância do planejamento inclusivo. Serão abordados os diferentes tipos de acessibilidade — arquitetônica, comunicacional, atitudinal, metodológica e digital — bem como práticas para evitar o capacitismo e fortalecer políticas de inclusão.
“A oficina é um convite para repensarmos a forma como planejamos e executamos ações culturais. A acessibilidade não é um complemento, mas um direito e uma responsabilidade coletiva. Nosso objetivo é sensibilizar e capacitar para que a inclusão esteja presente desde a concepção de cada projeto”, destaca Mônica Costa, que também assina a direção-geral e coordena o conteúdo formativo do projeto.
O projeto conta com medidas acessíveis em sua execução, incluindo recursos de comunicação como audiodescrição, linguagem simples e intérprete de Libras, além de equipe capacitada e espaço com rotas acessíveis.
A oficina é voltada a profissionais da cultura, educadores, produtores, agentes comunitários, estudantes e qualquer pessoa interessada em compreender, vivenciar e aplicar a acessibilidade de forma humanizada e eficaz.
Mônica Costa
Mônica Costa é graduada em turismo, servidora pública, mãe atípica, mãe solo. Está presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Gerente da Educação Bilingue de Surdos na Secretaria Municipal da Educação. Sua jornada com a pauta da PcD iniciou quando, sua filha mais velha, aos 25 anos, ficou cega. Atualmente, ela participa de debates e palestras para trazer à tona essas pessoas que, por anos, estão invisibilizadas.

