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Economia

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Uma das maiores alegrias do trabalhador é, certamente, o décimo terceiro salário. A primeira metade já caiu na conta e a segunda está garantida até o próximo dia 20. Mas você já imaginou como seria ter um 14º? Para quem ganha até R$ 5 mil, essa sensação pode virar realidade em 2026. É quando começa a valer a nova faixa de isenção do Imposto de Renda, capaz de gerar uma economia que ultrapassa R$ 4 mil ao ano, segundo simulações do G1.

O impacto é amplo. Cerca de 15 milhões de brasileiros deixam de pagar o imposto já no início do ano. E há mais gente respirando aliviada. Quem recebe até R$ 7.350 também terá alguma redução graças a um desconto progressivo que diminui conforme a renda sobe. É um ajuste que chega para quem, por muito tempo, viu o salário perder força enquanto a tabela do IR permanecia parada no tempo. Foram dez anos sem correção, enquanto o custo de vida aumentava mês após mês.

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Para quem ganha até R$ 3.036, nada muda, porque essa faixa já era isenta. Ainda assim, a atualização atinge exatamente quem mais sentia a defasagem, como explica Andressa Garcia, especialista em planejamento tributário da Aliança Assessoria Contábil e Financeira. "Essa mudança devolve poder de compra e dá um fôlego que muita gente já não tinha. É uma chance real de reorganizar o orçamento. Vale olhar para o novo cenário, entender onde você se encaixa e, se possível, guardar uma parte do que vai deixar de pagar em tributo para construir uma reserva ou conquistar um sonho", orientou a contadora.

Para que a ampliação da isenção fosse possível, quem está no topo da pirâmide vai ser mais onerado. Pessoas com renda anual acima de R$ 600 mil passam a pagar imposto sobre lucros e dividendos, algo inédito no país. A tributação é progressiva e pode chegar a 10% para quem recebe mais de R$ 1,2 milhão por ano. Segundo o Governo Federal, a cobrança voltada para quem vive de renda, não de salário.

Com as novas regras entrando em vigor em menos de um mês, a recomendação é simples: se informar. Quem ficou isento ou teve redução tem agora uma oportunidade de reorganizar as contas e começar 2026 com mais folga. E, para aproveitar o momento, vale buscar orientação profissional e ajustar o planejamento financeiro para que, de fato, o dinheiro a mais faça diferença. (Precisa/AI)