No fim daquela noite, procurei minha mulata de cabelo “chapinha”, afinal, um bebum de boteco que não chateia, não é um bebum de boteco. Encontrei a moça no lavabo, sentada num banquinho, tentando arrumar a alça arrebentada da sandália transparente, que tinha um salto que a deixava uns 10 centímetros mais alta que eu. Perguntei: “É Lula lá?” Seguiu-se uma gargalhada da moça e uma sonora resposta: “Sim, é Lula lá!” Não me contive: “Posso ver de novo?” O amistoso sorriso da mulata transformou-se na encrenqueira pose “asa de xícara”: “Se enxerga mauricinho! Vá procurar um Serra pra votar!”