Será nesta sexta-feira, 10, o julgamento do "caso Eucimar", que teria atuado supostamente de forma irregular pelo Araguaína-TO na Série C do Brasileiro. O processo movido pelo Imperatriz, do Maranhão, acontecerá em uma das comissões disciplinares do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Caso venha a ser punido com a perda de até 12 pontos, o Tourão do Norte, como é chamado o time de Tocantins, será substituído na segunda fase da Terceirona pelo Ananindeua.
Ontem, por telefone, o presidente Afonso Almeida anunciou que o Ananindeua acompanhará de perto o processo, tendo contratado os serviços da advogada Rosângela Spaolonzi, que pertence à Anjobol, empresa com sede no Rio de Janeiro, onde fica o STJD. O dirigente mostra-se otimista com relação à volta da Tartaruga à Série C.
"Já estamos com a nossa advogada lá no Rio de Janeiro e ela vem acompanhando todo o andamento do caso", justificou Afonso. A confiança do cartola é tanta, que ele resolveu não liberar o elenco do clube após o fiasco do último domingo, em Araguaína-TO, onde o Ananindeua caiu, por 3 a 1, diante da equipe da casa, resultado que decretou a saída do time da competição nacional.
O técnico Mário Henrique, o Mariozinho, segue comandando treinamentos para o elenco, confiante também que o clube reconquistará a vaga via "tapetão". "A ordem que recebi foi para não parar com os treinamentos. O Afonso me informou que existia esse caso do jogador do Araguaína e que as possibilidades de voltarmos ao campeonato são grandes. Espero que isso realmente aconteça", comentou Mário Henrique.
Tourão do Norte dá olé no pessimismo e não crê em desclassificação
"Estamos tranqüilos. O Araguaína não será eliminado no "tapetão" como estão querendo algumas pessoas." A garantia foi dada, ontem, por telefone, pelo supervisor do clube do Tocantins, Walmir Alves, de 37 anos, ao comentar a possibilidade de o Tourão do Norte, como é chamado o Araguaína, vir a perder até 12 pontos na Série C do Brasileiro.
A punição se daria em função da suposta irregularidade do jogador Eucimar Silva dos Santos. O atleta assinou as súmulas dos jogos contra o Ananindeua, em Belém, e Imperatriz, em Imperatriz-MA, mesmo não tendo o seu nome incluído no Boletim Informativo Diário, da CBF, que representa o sinal verde para a utilização dos atletas na competição.
O Araguaína acabou sendo denunciado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo Paysandu e também pelo Imperatriz. O recurso impetrado pelo clube maranhense deve ser apreciado pela 1ª Comissão Disciplinar, do STJD, nesta sexta-feira. Embora exista a ameaça de perda dos pontos, que decretaria a eliminação do Tourão da Série C, Wlamir Alves assegura que o recurso do Imperatriz será uma espécie de "tiro sem efeito". "Não corremos o menor perigo de perder esses pontos. Como disse, estamos tranqüilos quanto a isso. A única coisa que pode ocorrer é a torcida do Araguaína ficar um pouco preocupada. Só isso", salienta.
A tranqüilidade do Araguaína com relação ao "caso Eucimar" é provocada, segundo Walmir Alves, pelo fato de o atleta ter sido inscrito na competição como amador. "O regulamento do campeonato diz claramente que jogadores como o Eucimar, que ainda é amador, não precisam ter seus nomes inlcuídos no BID", justifica. Wlamir se apega ao artigo 28 do Regulamento Geral das Competições, da CBF, (veja detalhes nesta página) para assegurar a regularidade do atleta.
Apesar da confiança em permanecer na competição, a diretoria do Araguaína já acionou o advogado do clube, Israel Vasconcelos, para que este fique atento ao caso. Até ontem, segundo Wlamir Alves, o clube ainda não havia recebido nenhuma notificação do STJD. "As informações que temos são aquelas publicadas pela imprensa", informa o supervisor. "Só vamos tomar providências quando chegar alguma coisa de oficial do STJD ou da CBF", afirma. Enquanto isso não acontece, segundo Walmir Alves, o Tourão segue se preparando para a estréia na segunda fase da Série C, domingo, contra a Tuna Luso, em Belém.
O Liberal