Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicou 8.666 focos de incêndio no Brasil, no período de 1 a 13 de agosto. Até o fim da tarde do dia 12, eram 6.326 focos em área florestal.
Os focos de fogo são basicamente associados às queimadas, que são feitas com finalidade agrícola. A prática é usual para limpar os terrenos onde serão plantadas as novas safras.
O problema é que, nesta época, a vegetação está ressecada em grande parte do País, devido à escassez de chuva. Com o solo seco, o fogo se alastra rapidamente e muitas vezes saem de controle, atingindo reservas ambientais. Além do perigo para as áreas de floresta, a fumaça das queimadas fica tão densa nesta época que causa grave restrição de visibilidade nas estradas e nos aeroportos, além dos problemas respiratórios, que em regiões de clima seco, como o Tocantins, são agravados afetando principalmente as crianças.
A maior concentração de focos ocorre na região que se estende de Rondônia, sul do Pará e do Maranhão, cobrindo todo o Tocantins e o centro-norte de Mato Grosso.
Historicamente, agosto é um mês em que o número de queimadas aumenta muito. O agricultor que ainda não fez a queimada começa a fazer agora, preparando-se para o novo plantio e o reinício do período de chuva, que normalmente ocorre até o fim de setembro.
Para se ter uma idéia de como aumenta o número de focos de fogo em agosto, os dados computados por diversos satélites meteorológicos revelaram que o total acumulado em julho, em todo o Brasil, foi de 7.056 focos. Do dia 1 ao dia 13 de agosto, porém, já foram identificados 8.666 focos.
A maior concentração estava no Pará, que já acumula 1.768 só nestes 13 dias. No mesmo período, o Mato Grosso registrava 1.652 focos; o Tocantins, 553; Maranhão, 701; e Rondônia, 367 focos. Agosto de 2006 terminou com 25.808 focos de fogo espalhados pelo País.
Da redação com informações Agência Estado