ao Tocantins. Tomada pelo matagal, aparelhos com uma central eletrônica que compõe a estrutura, virou casa de marimbondos. Mas o pior acontece com a estação meteorológica, daquelas que deveriam ajudar, abastecendo de dados precisos, agricultores, Ibama, Funai e Polícia Federal.
A unidade meteorológica invadida pelo mato foi, também, alvo de ladrões que levaram todos os componentes eletrônicos os que conheciam e os que supunham conhecer e, depois, sofreu com uma queimada, exatamente das que ela deveria ajudar a localizar.
Hoje, resta uma biruta que do alto da torre não interessou aos ladrões e a mais que simbólica casa de marimbondos. A salva-guarda dos bens do projeto Sivam em Porto Nacional são de responsabilidade da prefeitura local, que assinou um termo de compromisso para tal junto à presidência da República. Mas, afinal, salvaguardar o quê?
Vsats
Os terminais de comunicação instalados em pontos remotos da floresta, como aldeias indígenas, comunidades isoladas e postos de fronteira, tiveram a mesma sorte. Os Vsats, compostos de telefone e computador com conexão à internet via satélite, deveriam servir de canal de comunicação para que índios, ribeirinhos e policiais que trabalham no interior informassem problemas como crimes ambientais e tráfico de drogas.
Dos 665 aparelhos instalados, pelo menos 400 estão fora de operação. Esquecido, mal administrado e cheio de defeitos, o Sivam está prestes a entrar no folclore. Já caminha a passos largos para se tornar o curupira do século XXI: muitos ouviram falar, uns dizem que já viram, mas ninguém põe a mão no fogo pela sua existência.
Da redação com informações L. M.