As vantagens econômica e ambiental da silvicultura do Tocantins serão enfatizadas na segunda edição do Re-Florestar. O encontro é uma iniciativa do governo do Estado, por meio da Seagro - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e acontece nesta sexta-feira, 21, às 8h, no auditório da ATM - Associação Tocantinense de Municípios, em Palmas.
Durante o encontro, representantes do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MMA - Ministério do Meio Ambiente, Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária vão apresentar palestras sobre Políticas ambientais da silvicultura no estado do Tocantins, Aspectos técnicos e econômicos da seringueira, Possibilidades da integração (lavoura pecuária florestas), entre outros temas.
A cada ano a silvicultura cresce no Tocantins. A luminosidade, o clima, a disponibilidade de terras e a logística para a exportação favorecem o desenvolvimento de diferentes espécies silvícolas, entre elas: a teca, neem, paricá, eucalipto, seringueira, pinus e pequi. De acordo com último levantamento realizado pela Seagro (agosto/2007), são 25,7 mil hectares dedicados à reposição florestal, tendo destaque para o eucalipto com 21,7 mil hectares plantados, e a teca, com 1,9 mil hectares.
Para o diretor de Fruticultura e Silvicultura da Seagro, José Elias Júnior, o investimento em silvicultura contribui para a melhoria da qualidade do ar, reduzindo os níveis de poluição. Mas as vantagens do segmento não param por aí. Segundo o produtor de teca Cinésio Barbosa de Lima, os lucros com a árvore podem ser notados ainda nos primeiros anos. Apesar de a teca ser uma cultura a longo prazo, é possível com o desbaste (poda da árvore) utilizar o material para a confecção de móveis e artesanato.
Na Agrotins 2007, Lima apresentou móveis e peças artesanais feitos com teca. Com a poda de três árvores, ele conseguiu confeccionar um conjunto de cadeiras e uma mesa. Cada peça foi comercializada por R$ 400 e R$ 1,2 mil, respectivamente.
A teça, devido ao seu alto valor comercial, é considerada a madeira mais nobre do mundo, especialmente por não ser sensível à variação de umidade e imune à ação de fungos e cupim. Para Elias Júnior, o custo por hectare para a implantação da árvore é de R$ 2.458, o que no prazo de aproximadamente 25 anos, a produção poderá ser avaliada em R$ 320 mil.
Fonte: Secom