Um estudo coordenado pela ONG Criança Segura, revela que no Brasil, no ano de 2005, 7395 crianças morreram vítimas de acidentes. Do total dessas mortes, 40% são crianças que morreram entre 0 e 14 anos vítimas de acidentes de trânsito, e em seguida estão as vítimas fatais de afogamento, com 26%. O levantamento contabiliza números nacionais, tendo como fonte os dados do IBGE e o Ministério da Saúde.
Sobre hospitalizações, entre 0 e 14 anos, as quedas correspondem a 55% do total. Um outro dado surpreendente é a diferença entre os sexos, tanto nas internações quanto em mortalidade. São 3.766 meninos que morreram em acidentes contra 2.041 de meninas. Nas hospitalizações são 95.233 e 43.370 respectivamente.
A pesquisa ainda mostra que para cada faixa etária, prevalecem determinados tipos de acidentes, tanto para mortalidade como para as hospitalizações. Entre crianças de 10 a 14 anos, o afogamento fez em 2005, 601 vítimas fatais e entre as crianças menores de 1 ano, a sufocação foi responsável por 586 vítimas.
Nas hospitalizações, as quedas prevalecem como primeira causa em todas as faixas etárias, sendo que em seguida, entre crianças de 5 a 9 anos, são os atropelamentos que levam aos hospitais.
Estima-se que pelo menos 90% dessas lesões podem ser prevenidas com ações educativas; modificações no meio ambiente; modificações de engenharia; criação e cumprimento de legislação e regulamentação específicas.
Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde, somente em 1998, aproximadamente 5,8 milhões de pessoas morreram vítimas de trauma no mundo, o que representa 97,9 óbitos por 100.000 habitantes. Destes, aproximadamente 800.000 óbitos e 50 milhões de seqüelados estão na faixa etária de 0 a 14 anos de idade.