O projeto temático no âmbito do Programa Biota/Fapesp, coordenado pelo professor Wagner Vilegas (Unesp de Araraquara) e por Alba Brito, começou em 2004 e termina em julho do próximo ano.
Alba Brito reitera que este projeto dá continuidade ao levantamento no cerrado do Tocantins realizado pela professora Clélia Hiruma-Lima, do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu. O objetivo foi comparar as espécies existentes no Tocantins e também na Mata Atlântica e em cerrados paulistas, e validar o conhecimento da população. "Estudamos mais de trinta espécies, todas com trabalhos já publicados".
O relatório final será entregue juntamente com um livro que deverá se tornar referência para os estudiosos de plantas de uso popular. "A publicação vai trazer todos os aspectos estudados em cada espécie, incluindo os locais (latitudes e longitudes) onde elas podem ser encontradas", antecipa a professora do IB.
O projeto é uma pareceria entre Unicamp e Unesp e já trouxe resultados significativos na investigação de plantas com atividades antiúlceras gástricas, antioxidante, analgésica, antiinflamatória, anti-tuberculose e anti-câncer.
Plantas bastante estudadas e com atividade comprovada contra a úlcera gástrica são as espécies do gênero Vernonia (que o povo simplificou para "verônica") e as Indigoferas (sem nome popular). A Vernonia polyanthes já propiciou o isolamento de um princípio ativo, com atividade inédita em vegetais, cujo pedido de patente está sendo encaminhado através da Inova Agência de Inovação da Unicamp.
Está sendo apresentado à Fapesp um novo projeto, que vai se concentrar nas plantas mais promissoras, estendendo o foco para outras espécies do mesmo gênero e buscando a melhor delas para produção de um fitoterápico ou de um medicamento alopático. "Este material deve gerar um segundo volume do livro".
Da redação com informações do Jornal da Unicamp