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Cultura

A partir desta semana o grupo Casa de Marimbondo inicia uma série de apresentações em Palmas. A temporada marca a estréia da banda, formada há pouco mais de dois meses na capital tocantinense. "A idéia inicial era manter a rotina de ensaio pelo menos até o próximo mês, mas decidimos juntos colocar a cara na rua e partir para os shows", revela o percussionista Ruiter Castro. Segundo ele a antecipação tem motivo claro: sentir a receptividade do público.

Apesar da formação recente os jovens integrantes não são marinheiros de primeira viajem. Com uma formação não muito convencional, a Casa de Marimbondo conta com Aluísio Cavalcante (voz e violão), Apoena Rezende (voz e violão), Diego Britto (baixo e vocal) e Ruiter Castro (percussão). Apesar de jovens, os integrantes já acumulam boas experiências musicais na bagagem.

Formado em música pela Universidade Federal de Goiás, Diego já tocou com grandes nomes da música brasileira, além de já ter feito parte de bandas renomadas como Violins e produzido vários cd´s, como a primeira coletânea de rock palmense (em fase de finalização). Já Ruiter começou muito cedo a acompanhar os principais músicos de Brasília, cidade onde iniciou sua vida musical, e está na estrada há quase dez anos. Neste período integrou várias bandas de vários estilos, de samba, passando pelo reagge, e o rock, até o jazz. Ambos integram a renomada Buriti Band - primeira big band da capital.

Com menos idade, mas nem por isso menos experiência e talento, Aluísio encarou o público pela primeira vez há oito anos, através do teatro de rua, deu início a sua caminhada musical. Ao longo dos anos movimentou a cena cultural alternativa da capital tocantinense e de cidades vizinhas com a banda Balahara. Assim como Aluísio, Apoena, participou de vários festivais no Tocantins e tem se destacado no cenário artístico do estado como um dos mais talentosos compositores da nova geração, ao lado de Marquinhos (Trupe Atropelo) e Diogo Nunes (Ascenda), Rafael Baptista (Sinestesia), Glauber (La Cecília) e vários outros.

O projeto musical, que começou com a intenção de priorizar o samba, já ganha novos ares e promete um passeio pela sonoridade da música popular do Brasil, com pitadas de blues, funk, soul e rock and roll. "Todos nós temos várias influências não só musicais, como literárias e até cinematográfica que constituem nossa bagagem cultural. Essa riqueza fez surgir naturalmente uma necessidade de ampliar o leque rítmico do nosso repertório", explica Aluísio. Diante da Casa de Marimbondo, o público pode ouvir releituras de compositores consagrados como Chico Buarque, Luiz Melodia, Gilberto Gil, Jorge Bem, Djavan, Sérgio Mendes e Lenine ou mesmo novos nomes da música brasileira como Céu e Seu Jorge. "Com toda nossa história musical não poderíamos deixar de fora algumas canções dos Beatles, Bob Marley e Ben Harper, por exemplo", revela Diego, que adianta ainda que o público vai se surpreender com as canções autorais da banda.

A temporada da Casa de Marimbondo começa neste sábado (27) no QG da Cultura e domingo (28) no Zanzibar. Para o mês de novembro a banda promete um enxame musical no Casarão e no Mandalas, ambas em Taquaruçu, além de shows em Porto Nacional, Miracema e Paraíso do Tocantins.