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Nenhuma Unidade da Federação está eficientemente preparada para controlar as doenças que afetam as aves brasileiras, como a gripe aviária e a doença de Newcastle, revelou hoje (6) o estudo do Ministério da Agricultura feito no Distrito Federal e em 20 estados. Levantamento da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério revelou as regiões mais preparadas e as mais vulneráveis a uma possível epidemia entre esses animais.

A classificação foi realizada em quatro grupos, de A a D, sendo A as Unidades da Federação com maior eficiência e D as que têm mais necessidade de desenvolver ações de vigilância a doenças. Nenhum estado alcançou o conceito A.

Santa Catarina foi o único estado com classificação B. O Distrito Federal, além de Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins tiveram classificação C. Já o Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte tiveram classificação D.

Antes da regionalização, os estados aderiram ao Programa Nacional de Saúde Avícola (PNSA). Após essa adesão, o Departamento de Saúde Animal (DSA), vinculado à secretaria, realizou as auditorias no DF e nos estados.

Apesar de nenhuma das regiões avaliadas ter alcançado a nota máxima, o vice-presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Mendes, aprovou a iniciativa do ministério de divulgar a classificação. Segundo ele, essa era uma reivindicação do setor privado e dá crédito ao Brasil no mercado externo.

"Isso traz um crédito maior, porque mostra que temos um plano de prevenção e isso permite demonstrar aos países e às empresas importadoras qual na realidade é o nosso risco e como vamos poder atuar para diminuir ou eliminar o risco", explicou.

O secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, disse que a medida permite um retrato fiel da capacidade de resposta a emergências sanitárias no país, mas garantiu que a qualidade do produto para os consumidores continuará a mesma.

"Independentemente do estado de origem, o produto exportado continua tendo a mesma segurança e até maior do que havia no passado", alegou. "O que muda é o conhecimento que nós temos da capacidade de resposta no momento em que tivermos a suspeita de um evento sanitário de impacto. Nós sabemos como agir e o que esperar dos serviços naqueles estados."

Segundo Kroetz, a avaliação será feita anualmente. Os estados que não aderiram ao Programa Nacional de Saúde Avícola – Alagoas, Roraima, Acre, Amazonas, Maranhão e Amapá – entrarão no levantamento no próximo ano.

Agência Brasil