A feira da Quadra 307 norte, antiga Arno 33, que é tradicionalmente realizada aos domingos tem uma ampla variedade de produtos a oferecer. Ali se encontra de tudo desde confecções, sapatos, artesanatos e hortifrutigranjeiros produzidos pelos pequenos produtores do entorno de Palmas.
O movimento intenso, e o vai-e-vem de pessoas faz lembrar um formigueiro humano. Nas proximidades da feira ocorre um verdadeiro caos de veículos, ambulantes que expõem seus produtos na rua e pessoas carregando suas compras.
Algumas situações, entretanto, estão gerando insatisfação por parte de algumas pessoas. É o caso do senhor José Alírio Costa, presidente da Associação dos Feirantes, para quem, todos os vendedores deveriam expor seus produtos dentro da área da feira. “Já liguei várias vezes para a fiscalização vir tomar providências, mas eles não aparecem” Costa também acha que a administração da feira que hoje é por conta da SAGRI – Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural deveria ser repassada à Associação dos Feirantes.
Na parte interna da feira se encontram bancas de tempero e conservas de intenso colorido, alem daquelas que servem o tradicional prato da culinária regional, o chambari. O prato tem origem francesa e foi adaptado com o tempero tocantinense. Ainda se podem provar as buchadas e na temporada do pequi a famosa galinha com pequi, prato típico da culinária goiana e tocantinense.
Muitos feirantes têm na feira uma opção de renda extra durante o mês, é o caso da dona de casa Joana Macedo Ribeiro Vasco. Dona Joana vende mudas de plantas frutíferas como o jambu, abacate, cupuaçu, limão galego, oiti e também flores, alem da canela, que segundo ela é uma muda mais difícil de ser encontrada. “Ao lado da minha casa tem uma área verde que os vizinhos jogavam lixo, antes tinha dengue na vizinhança, aí resolvi limpar a área e fazer um viveiro de mudas.” As mudas de dona Joana custam em média R$ 3,00 e as flores R$ 2, 00, segundo ela o cultivo das plantinhas para vender na feira também funciona como uma terapia.
Já o vendedor de açaí ao natural Getulio Vieira dos Santos utiliza a feira para desovar sua produção colhida em uma área com 5 mil pés plantados da palmeira. Santos é presidente da Associação dos Olericultores do Assentamento Mariana. “As pessoas imaginam que o açaí é do Pará, mas não, é produzido ali depois de Taquaralto”. Santos informa que no assentamento eles têm viveiro comunitário e o cultivo da cultura recebe o apoio da prefeitura de Palmas que ajuda na gradagem e distribuição de calcário. O assentamento ainda conta com o apoio de técnicos do Ruraltins segundo o pequeno produtor.
Para alguns feirantes a área coberta da feira deveria ser ampliada, pois o movimento cresceu e muitos têm que ficar expostos ao sol e à chuva.
Umberto Salvador Coelho