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Polí­tica

Para Kátia os assentados desmatam a cada 2 anos em busca de solos mais férteis

Para Kátia os assentados desmatam a cada 2 anos em busca de solos mais férteis Foto: Geraldo Magela

Foto: Geraldo Magela Para Kátia os assentados desmatam a cada 2 anos em busca de solos mais férteis Para Kátia os assentados desmatam a cada 2 anos em busca de solos mais férteis

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) criticou o governo federal pelo aumento do desmatamento de florestas na região amazônica detectado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nos últimos meses de 2007.

Em sua avaliação, uma das principais causas do forte aumento das derrubadas verificado na região, em áreas de assentamentos implantados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), estaria relacionado à incapacidade do Executivo de fornecer corretivos e fertilizantes para os sem-terra.

A dificuldade de acesso dos assentados aos adubos os teria levado, segundo a senadora, a desmatar novas áreas a cada dois anos em busca de solos mais férteis. A representante do Tocantins observou que 76% das terras da Amazônia brasileira pertencem à União, estando somente os 24% restantes sob a responsabilidade de proprietários rurais. Ela criticou ainda a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por pretender atribuir a responsabilidade dos desmatamentos exclusivamente a sojicultores e pecuaristas da região, deixando de lado a relevante ação predatória de madeireiros.

“São toras monumentais, são toras de construir prédios. Como é que passaram essas toras ou essas madeiras cerradas debaixo dos postos de fiscalização do Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente] sem que os fiscais as tenham visto?” indagou a senadora.

Em aparte, Flexa Ribeiro (PSDB-PA) manifestou seu apoio ao pronunciamento de Kátia Abreu e cobrou a realização pelo governo federal de um zoneamento econômico-ecológico de todos os estados brasileiros, como forma de definir áreas de uso agrícola intensivo.

Ao final de seu discurso, Kátia Abreu defendeu uma maior transparência na utilização dos cartões corporativos e criticou o governo pelo aumento, durante o período de recesso parlamentar, das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Fonte: Agência Senado