A ameaça do avanço do número de pessoas infectadas pela dengue em todo o Estado foi tema do pronunciamento do deputado José Geraldo (PTB), na sessão desta terça-feira, 26. Ele lembrou que os números são alarmantes e trazem preocupações e riscos de aumentar os óbitos. “Ao longo de quase uma década, acompanhamos o avanço desta nefasta doença que se propaga e se intensifica, em sua virulência, para todas as cidades brasileiras. A dengue mata!, derruba o pobre e o rico, o forte e o fraco”, alertou José Geraldo.
O parlamentar acrescentou que a proliferação da dengue e do calazar se deu em virtude da falta de atenção, cuidado e zelo tanto no desequilíbrio ambiental quanto na falta de pensar e de conceber projetos urbanísticos integrados ao ambiente natural. Uma das principais deficiências urbanas são as ocupações indevidas e inadequadas nos mais diversos espaços, como nos morros, alagados, encostas, barrancas de rios e córregos, que extirpam a cobertura natural e desestruturam todo um arranjo harmônico, naturalmente equilibrado.
Como sugestão, José Geraldo defende que, para vencer a expansão da dengue, com as possíveis e terríveis possibilidades de agravamento em sua virulência, é preciso agir incansavelmente, não apenas os agentes públicos, mas todos os cidadãos! “Temos que chamar a atenção constante para esta situação e convocar a ‘colaboração obrigatória’ de todos, hoje e sempre. Vamos falar, falar, falar. Temos que fazer uma campanha política, social e humanitária. Não podemos esperar para ver nossos filhos e entes queridos serem derrubados pelo mosquito. Não podemos omitir nossa parcela de responsabilidade, como cidadãos e principalmente como políticos”, disse.
O deputado também conclamou para que o assunto voltasse à discussão na Assembléia e disse que o PTB veiculará na noite desta quarta-feira seu programa partidário onde chamará a população para combater a doença. José Geraldo ainda informou que recentemente tinha programado várias viagens pelo estado durante o feriado prolongando da semana passada, mas que teve de cancelá-las porque praticamente todos em sua casa foram acometidos pela dengue e por viroses.
Mosquito não lê jornal
O deputado Stalim Bucar (PSDB) em aparte disse que ontem esteve no Hospital Geral de Palmas e os corredores estavam lotados, “o que acho estranho é que o Ministério Público não tomou nenhuma providência ainda”, disse.
Outro que se pronunciou foi Eli Borges (PMDB), que disse que “mosquito não lê jornal” e que deve haver medidas concretas de combate ao mosquito. Ele ainda lembrou que recentemente teve um projeto de lei rejeitado pela casa, que previa a obrigatoriedade das imobiliárias periodicamente abrirem as portas das residências fechadas para atuação dos agentes de saúde.
Da redação com informações Dicom /A.L