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Palmas

Palmas é a capital com menor quantidade de obesos e pessoas que se declararam hipertensos. O título pode ser um indicador da boa forma e saúde dos moradores da capital e é resultado de uma pesquisa solicitada pelo Ministério da Saúde e divulgada na quinta feira, 3.

O resultado foi obtido por meio de levantamento realizado pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, nas capitais dos 26 estados do país e Distrito Federal.

De acordo com a pesquisa a capital tocantinense possui 8,8% de obesos. Com relação à obesidade (IMC> ou igual a 30), o Brasil tem 13% de obesos, com a maior parcela encontrada no Macapá (16%), seguido de Campo Grande (15%).

Aqueles com excesso de peso (IMC > ou igual a 25) já somam 43% da população entrevistada. A maior parcela de adultos com excesso de peso foi encontrada em Cuiabá (49,7%), tanto de homens (57%) adultos como de mulheres (42%), e a menor em Palmas (33,4%).

A pesquisa ainda apresenta outros dados positivos para Palmas e outros nem tanto, como no caso do consumo de álcool misturado com direção veicular. A capital é a que tem menor número de indivíduos hipertensos, a maior quantidade está no Rio de Janeiro (27%). Entre os homens, Recife é capital com mais diagnóstico auto-referido de hipertensão (26,7%). O Rio de Janeiro é a capital onde mais mulheres declaram ter a doença (31%) no país.

Quanto ao consumo abusivo de bebidas seguido de direção Palmas detêm a dianteira de 4,5% da amostra e a menor freqüência ficou como o Rio de Janeiro (1%). Nas capitais do Brasil, o percentual geral foi de 2%.

A pesquisa feita através de entrevistas entre julho e dezembro de 2007 por uma equipe de 60 entrevistadores, quatro supervisores e um coordenador ainda mostra outras curiosidades, como é o caso consumo de carnes com excesso de gordura. Quem se alimenta mais de carnes com a gordura aparente é a capital Campo Grande, com uma freqüência de 45%. A capital baiana é o local onde os entrevistados se alimentam menos de carne gorda (23%).

O maior consumo de leite integral do país é feito pela capital Belém com o percentual de 64%. Esta alimentação bastante disseminada no Brasil tem uma freqüência média da ordem de 53%. A capital que consome menos é Vitória, 42% de ingestão.

O Ministério pretende com a pesquisa criar uma base para o monitoramento dos fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. A pesquisa consistiu em cerca de 54 mil entrevistas telefônicas, com um mínimo de 2 mil indivíduos adultos (18 ou mais anos de idade)

Para a análise dos dados, foram utilizados fatores de ponderação que igualam a composição sócio-demográfica da amostra em cada cidade àquela observada no Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000. Com isto, todas as faixas etárias, de sexo e escolaridade são representadas, conforme a distribuição populacional do Brasil.

A pesquisa completa pode ser vista no endereço  www.saude.gov.br

Umberto Salvador Coelho