Cerca de 20% da área da Amazônia Legal oferecem condições para a produção sustentada de grãos de soja. A área corresponde a 1,006 milhão de km². Parte dessa área se concentra em Roraima. É o que aponta um estudo sobre o melhoramento genético da soja na região Norte.
Os dados integram a tese de pós-doutorado do pesquisador da Embrapa Amapá, Gilberto Ken-Iti Yokomizo, defendida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).
Yokomizo considera relevante a possibilidade de melhoria do solo, através da reciclagem de nutrientes, os benefícios às culturas em rotação do milho, arroz e pastagem e a grande procura dos mercados consumidores como China, países da Comunidade Econômica Européia e Japão.
Com o melhoramento genético é possível melhorar a produtividade por meio da adaptação a diversos ambientes; maior resistência a doenças, melhoria da qualidade do grão e da semente e elevar os teores de óleos e proteínas.
Entre as conclusões do estudo, Gilberto Yokomizo destaca que há restrições para desenvolver ações de melhoramento genético da soja em florestas na região Norte. A própria Embrapa assinou carta de intenção em 2006 comprometendo-se em não realizar pesquisas com soja em áreas de floresta amazônica. São visadas as áreas alteradas e o cerrado.
Yokomizo observa que, “melhoristas conscientes preferem a cultura com todos os elos da cadeia, gerando empregos e produtos para a região, em sistema consorciado, plantio direto e não o modelo de exportação de monocultivo intensivo”.
Da redação com informações Agência Amazônia