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Foto: Umberto Salvador Coelho Garra Tricolor cantou durante toda a partida mas equipe não correspondeu Garra Tricolor cantou durante toda a partida mas equipe não correspondeu
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  • Jogadores do Gurupi cercam o árbitro para impedir que Gil Bala seja expulso - Foto - Umberto Salvador Coelho

Mais uma vez repetindo o que já havia acontecido contra o Araguaína no Nilton Santos pela penúltima rodada da segunda fase, quando jogou praticamente toda partida com jogadores a mais e não conseguiu abrir o placar, – o Araguaína teve três jogadores expulsos na oportunidade - o ataque do Palmas se mostra um fiasco.

Numa partida marcada por grande número de cartões amarelos distribuídos, desta vez foi contra o Gurupi, o camaleão do sul, que o Palmas jogando com um jogador a mais e em casa, não conseguiu inaugurar o marcador na primeira partida da semifinal do tocantinense.

O jogo começou com as duas equipes se estudando. No início da partida o sistema defensivo do camaleão do sul orientava os setores de meio campo e ataque para que mantivessem a calma e tranqüilidade. Até a metade da primeira etapa praticamente nenhum lance de perigo aconteceu, apenas o tricolor da capital errava menos passes que o time da capital da amizade.

As jogadas mais objetivas do Palmas eram feitas pelo atacante Thiago. Aos 26 minutos o atacante ensaiou uma tabelinha com o camisa 10 Julhy, mas concluiu para fora pressionado pelo sistema defensivo do Gurupi.

A partir dos 30 minutos, como o camaleão do sul começava a gostar da partida, principalmente com as subidas do seu ala esquerdo e o sistema defensivo do Palmas começava a rifar a bola, o técnico do tricolor da capital, Ernesto Guedes, pediu para que o ala direita Dudu subisse mais ao ataque, gerando assim, preocupações no sistema defensivo do time do sul que então conteve o avanço do seu ala.

O jogo seguia truncado, até que por volta dos 37 minutos Gil Bala do Gurupi foi expulso depois de levar o segundo cartão amarelo por fazer falta por trás em Emerson do Palmas. O tricolor da capital, então, aproveitando a fragilidade do camaleão, avançou o time e aos 40 minutos em rápida descida pela direita, Dudu cruza para a área e Thiago chega atrasado por pouco, perdendo boa oportunidade.

Segundo tempo

Para o segundo tempo o Palmas voltou diferente, colocou o meia atacante Luccas no lugar de Junior Pereu, tornando o time, desta forma, mais ofensivo. Parecia que a equipe iria à busca do resultado positivo. Aos 7 minutos da etapa complementar Luccas arranca pelo meio e da intermediária conclui para boa defesa do goleiro do Gurupi. A reação ensaiada, entretanto, parou por aí.

Os dois atacantes do Palmas, Thiago e Alex Sorocaba, continuavam perdidos em campo e apenas se mostravam esforçados. Como a bola não chegava, sempre voltavam para buscar o jogo abrindo pelos flancos do campo, a exemplo de Thiago. A movimentação do atacante, entretanto, não era acompanhada pelo meio campo do time que desta forma deveria se lançar, penetrando por entre a zaga do camaleão, explorando os espaços deixados pelo atacante.

Por outro lado o homem de ligação meio de campo e ataque, representado por Julhy, continuava apagado e não produzia fazendo a bola chegar à frente. Este parece ser o maior problema do tricolor da capital que tem um sistema defensivo seguro e sólido. – o zagueiro Gleisson se mostrou uma grata surpresa, seguro, técnico e com tempo de bola – O time da capital evolui bem no toque de bola até o meio campo, daí para frente descompassa.

A linha de frente do time da capital também é um problema, embora os dois atacantes sejam rápidos, principalmente o habilidoso Thiago, eles não tem presença de área. Não são o que comumente se acostumou chamar no jargão do futebol de matadores. O problema do tricolor da capital desta forma reside nestas duas peças; o meia de ligação e o matador.

Diante da determinação do Gurupi em segurar o empate e da ineficiência do Palmas para marcar, a partida seguiu insoça até o seu final provocando uma leve emoção apenas aos 38 minutos, quando Alex Sorocaba arriscou de fora da área mandando um “pombo sem asas” na direção da meta do arqueiro Rafhael, que espalmou para fora de mão trocada.

Anti-jogo

A partida foi marcada por muitos cartões amarelos. Foram 8 no total; 5 para o Gurupi e 3 para o Palmas, todos distribuídos na segunda etapa à exceção do que resultou na expulsão de Gil Bala.

Aos 43 minutos da etapa final o volante de contenção do Gurupi, Allison, agrediu o atacante Thiago do Palmas na frente do árbitro Francisco Leone que fez de conta que não viu e deixou o lance seguir.

Everaldo Bezerra

Segundo o técnico do Gurupi, Everaldo Bezerra, o objetivo era não tomar gol na partida para poder decidir em casa perante a torcida no campo que vem trabalhando desde o início do ano.

Para o treinador do camaleão do sul o jogo de volta não será fácil, “não tem fácil, clássico é clássico em qualquer lugar. Se for aí na avenida é difícil, se for aqui no Nilton Santos, se for no Rezendão é difícil e aquele que errar menos e aproveitar o erro do adversário é o que saí com a classificação”, finalizou.

Palmas: 1 Paulo Roberto, 2 Dudu, 3 Gleisson, 4 Luis Henrique, 5 Junior Pereu (17 Luccas), 6 Ilan (13 Rafael Lima), 7 Quezado, 8 Emerson, 9 Thiago, 10 Julhy (18 Marlon), 11 Alex Sorocaba, Técnico – Ernesto Guedes.

Gurupi: 1 Rafhael, 2 Romarinho, 3 Heraldo, 4 Moacri, 5 Allison, 6 Jales, 7 Gil Bala, 8 Thiago Campos, 9 Hevandro, 10 Valdo, 11 Joãozinho, Técnico – Everaldo Bezerra.

Trio de arbitragem: Francisco Leone (árbitro), Francisco Parrião e Luciano Soares da Costa (Bandeirinhas)

Renda: R$ 7.132,50

Público: 860

Não pagante: 135

Total: 995

 

Umberto Salvador Coelho